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{"id":1070,"date":"2016-10-03T22:05:18","date_gmt":"2016-10-04T01:05:18","guid":{"rendered":"http:\/\/www.fredericocarvalho.com.br\/?p=1070"},"modified":"2016-10-03T22:05:18","modified_gmt":"2016-10-04T01:05:18","slug":"o-centenario-da-eletricidade","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.fredericocarvalho.com.br\/tema\/sao-goncalo\/o-centenario-da-eletricidade\/","title":{"rendered":"O centen\u00e1rio da eletricidade"},"content":{"rendered":"

Nossa cidade comemorou (pelo menos, deveria t\u00ea-lo feito) em 2009 o centen\u00e1rio da chegada da energia el\u00e9trica ao territ\u00f3rio gon\u00e7alense, por iniciativa do ent\u00e3o prefeito Joaquim Serrado Pereira da Silva, preocupado em trazer a modernidade e permitir melhor qualidade de vida aos seus concidad\u00e3os, n\u00e3o s\u00f3 pelo abastecimento domiciliar como pela implanta\u00e7\u00e3o de ent\u00e3o moderna ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica.<\/p>\n

At\u00e9 aquele ano, nas casas a ilumina\u00e7\u00e3o era a lampi\u00e3o ou lamparina, usando-se gordura animal (de baleia) ou \u00f3leo vegetal (azeite) como combust\u00edvel. Na ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica, era ainda pior: ela aqui fora implantada em 1839, quando a C\u00e2mara Municipal de Niter\u00f3i, de que S\u00e3o Gon\u00e7alo era distrito, foi autorizada pela presid\u00eancia da prov\u00edncia, por meio da lei n\u00ba 164, de 13 de maio daquele ano, a instalar oito lampi\u00f5es no arraial da freguesia gon\u00e7alense, ou seja, as imedia\u00e7\u00f5es da Igreja Matriz de S\u00e3o Gon\u00e7alo de Amarante. Em 1840, o n\u00famero de lampi\u00f5es foi acrescido de mais um e assim ficou pelos anos seguintes.<\/p>\n

Funcionavam com \u00f3leo de baleia e custavam 400$000 anuais, com constantes interrup\u00e7\u00f5es porque n\u00e3o se pagava em dia ao cidad\u00e3o contratado para cuidar da ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica, conforme se deduz da lei provincial n\u00ba 644, de 18 de outubro de 1852, que abriu cr\u00e9dito para o pagamento de atrasados. O valor subiu para 500$000 anuais em 1874, mas o contratado Jos\u00e9 Pinto Correia s\u00f3 viria a receber tr\u00eas anos depois, de acordo com a lei provincial n\u00ba 2233, de cinco de fevereiro de 1877.<\/p>\n

Melhor sorte tiveram os bairros de Neves e Sete Pontes (o primeiro por ser p\u00f3lo portu\u00e1rio e industrial, e o segundo por ter v\u00e1rios palacetes, entre eles a Ch\u00e1cara Para\u00edso), que conseguiram em 1879 ser inclu\u00eddos no conjunto de 1120 combustores de ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica a g\u00e1s que a prov\u00edncia resolveu instalar em Niter\u00f3i, aprovado pela lei provincial 2435, de 15 de dezembro. Mas eles s\u00f3 viriam a se tornar realidade em julho de 1880, quando o presidente da prov\u00edncia Jo\u00e3o Marcelino de Souza Gonzaga determinou o levantamento das plantas para a ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica das duas localidades gon\u00e7alenses e a execu\u00e7\u00e3o da obra.<\/p>\n

No dia 18 de outubro de 1885 foi inaugurada a extens\u00e3o da linha dos bondes da empresa Ferro-Carril Urbano de Niter\u00f3i, de Barreto a Neves, ainda puxados por parelhas de animais, mas importante para a eletrifica\u00e7\u00e3o que viria anos depois. Por enquanto, a grande novidade era a ilumina\u00e7\u00e3o a g\u00e1s: em 23 de setembro de 1887 o governo da prov\u00edncia concedera \u00e0 Societ\u00e9 Anonyme de Travaux e d\u2019Enterprises au Bresil (depois chamada Sociedade An\u00f4nima de G\u00e1s de Niter\u00f3i) o direito de explora\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os de g\u00e1s em Niter\u00f3i. E a pr\u00f3pria administra\u00e7\u00e3o provincial cuidou de, em 31 de dezembro seguinte, pela lei n\u00ba 2922, custear os dois primeiros combustores de ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica a g\u00e1s no Porto das Neves.<\/p>\n

Com o decreto que, em 22 de setembro de 1890, declarou emancipado o at\u00e9 ent\u00e3o distrito de S\u00e3o Gon\u00e7alo e a instala\u00e7\u00e3o do novo munic\u00edpio, em 12 de outubro seguinte, a manuten\u00e7\u00e3o da ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica passou \u00e0 administra\u00e7\u00e3o local, situa\u00e7\u00e3o que perdurou at\u00e9 oito de maio de 1892, quando o munic\u00edpio foi suprimido, e foi restabelecida em nove de fevereiro de 1893, com a nova instala\u00e7\u00e3o municipal, decorrente de lei estadual n\u00ba 34, de 17 de dezembro de 1892. A essa altura, os 16 lampi\u00f5es da sede da vila j\u00e1 eram alimentados a petr\u00f3leo e n\u00e3o mais com gordura animal ou \u00f3leo vegetal, enquanto os de Neves e Sete Pontes eram a g\u00e1s e custeados pelo governo do Estado.<\/p>\n

A situa\u00e7\u00e3o permaneceu assim at\u00e9 que S\u00e3o Gon\u00e7alo deu importante passo em sua evolu\u00e7\u00e3o, em 10 de agosto de 1898, com a inaugura\u00e7\u00e3o da linha de bondes a vapor entre Neves e S\u00e3o Gon\u00e7alo e deste a Alc\u00e2ntara, em primeiro de julho de 1900. D\u00e1 para imaginar o sucesso, se considerarmos que \u00e0 \u00e9poca os bondes da capital do Estado ainda eram de tra\u00e7\u00e3o animal.<\/p>\n

Quanto \u00e0 ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica, a situa\u00e7\u00e3o era t\u00e3o prec\u00e1ria que fora suspensa e o vereador Joaquim Serrado Pereira da Silva, ao assumir a presid\u00eancia da C\u00e2mara e as fun\u00e7\u00f5es executivas ent\u00e3o dela decorrentes, teve como um de seus primeiros atos o restabelecimento do sistema na vila, em novembro de 1901. E, em 30 de dezembro seguinte, ele mesmo realizou concorr\u00eancia p\u00fablica para a manuten\u00e7\u00e3o dos 16 lampi\u00f5es a petr\u00f3leo, que seriam acesos ao cair da noite e apagados \u00e0s quatro horas da madrugada. Detalhe importante: em noites de lua cheia, eles n\u00e3o eram acesos, por economia.<\/p>\n

Eles s\u00f3 atendiam \u00e0 regi\u00e3o central, ou seja, da Igreja Matriz ao Pa\u00e7o Municipal, atual sede da prefeitura, e por isso o vereador Manoel Rodrigues Faria prop\u00f4s a ilumina\u00e7\u00e3o a petr\u00f3leo do Porto Velho, em 14 de julho de 1906, que n\u00e3o saiu do papel. Mas a eletricidade chegava aos poucos: em 13 de junho de 1903 o presidente (governador) do Estado Quintino Bocai\u00fava j\u00e1 instalara um gerador na Ilha do Carvalho (hoje pertencente ao Corpo de Fuzileiros Navais), em Neves, onde pretendia instalar a resid\u00eancia governamental, sonho que acabou no ano seguinte quando o presidente (governador) Nilo Pe\u00e7anha comprou o atual Pal\u00e1cio do Ing\u00e1, em Niter\u00f3i, e nele instalou a sede administrativa e a resid\u00eancia oficial do governante.<\/p>\n

Enquanto isso, a prefeitura gon\u00e7alense continuava lutando para manter 16 lampi\u00f5es na sede, com constantes apag\u00f5es por falta de pagamento, o que obrigou o prefeito Ernesto Ribeiro a restabelecer o sistema em 14 de julho de 1906 com um r\u00edgido contrato. E a eletricidade continuava a chegar devagar: em 30 de julho de 1907, a Companhia Cantareira e Via\u00e7\u00e3o Fluminense (que sucedera a Ferro-Carril Urbano de Niter\u00f3i) eletrificou o trecho de sua concess\u00e3o entre o Barreto e Neves, causando euforia na popula\u00e7\u00e3o, pois superava tecnologicamente a Tramway Rural Fluminense, que mantinha seus bondes a vapor, j\u00e1 ent\u00e3o chamados pelo povo de \u201cchaleira\u201d.<\/p>\n

Foram os moradores de Sete Pontes os que deram o sinal de alerta: em tr\u00eas de maio de 1907, entregaram ao presidente (governador) Alfredo Backer um memorial com mais de duzentas assinaturas pedindo a instala\u00e7\u00e3o de bonde el\u00e9trico da Cantareira naquela via, entre o Barreto e a vila de S\u00e3o Gon\u00e7alo. A empresa Guinle & Companhia estava em expans\u00e3o e come\u00e7ara a construir sua subesta\u00e7\u00e3o em Sete Pontes, para melhor abastecer Niter\u00f3i. Para ver as obras, o vice-presidente da Rep\u00fablica, Nilo Pe\u00e7anha, ali esteve em visita em seis de julho de 1908, meses antes da inaugura\u00e7\u00e3o, em nove de maio do ano seguinte.<\/p>\n

Nesse intervalo de tempo, o prefeito Joaquim Serrado percebeu que os tempos mudavam e, por isso, assinou contrato em 12 de janeiro de 1909 com a Companhia Cantareira para a implanta\u00e7\u00e3o do bonde el\u00e9trico em Sete Pontes (que viria a ser inaugurado em 25 de agosto de 1910) e resolveu a quest\u00e3o do fornecimento de energia el\u00e9trica aos gon\u00e7alenses, ao assinar contrato com a empresa Guinle & Companhia, em 30 de junho de 1909, para a ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica e particular da cidade. Por 18.000$000, a serem pagos em doze presta\u00e7\u00f5es, foi contratada a instala\u00e7\u00e3o de duzentas l\u00e2mpadas em Neves, Porto Velho e Vila (como era chamado o centro da cidade). Era o t\u00e9rmino dos 18 lampi\u00f5es a petr\u00f3leo da \u00e1rea central e o in\u00edcio do fim dos combustores a g\u00e1s de Neves e de Sete Pontes, que durariam por poucos anos mais.<\/p>\n

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Fontes<\/strong>: Relat\u00f3rios provinciais 1835-1889, Biblioteca Estadual de Niter\u00f3i.<\/span><\/h5>\n
\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0Legisla\u00e7\u00e3o provincial 1835-1889, Biblioteca Estadual de Niter\u00f3i.<\/span><\/h5>\n
\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0Anais da C\u00e2mara Municipal de Niter\u00f3i, Arquivo da CMN.<\/span><\/h5>\n
\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0O Fluminense, cole\u00e7\u00e3o 1890 a 1910, Biblioteca Nacional.<\/span><\/h5>\n
\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0A Gazeta, 1929, acervo de Cezar Augusto de Mattos.<\/span><\/h5>\n
\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0\u00a0A Capital, 07-07-1909, p. 1.<\/span><\/h5>\n

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