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{"id":1149,"date":"2016-10-30T20:24:17","date_gmt":"2016-10-30T23:24:17","guid":{"rendered":"http:\/\/www.fredericocarvalho.com.br\/?p=1149"},"modified":"2016-10-30T20:36:59","modified_gmt":"2016-10-30T23:36:59","slug":"a-noite-de-luiza-ecos-do-passado-v","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.fredericocarvalho.com.br\/autores\/pereira-da-silva-pereirinha\/a-noite-de-luiza-ecos-do-passado-v\/","title":{"rendered":"A noite de Luiza – Ecos do Passado V"},"content":{"rendered":"
O dia terminou como de costume. A \u00faltima cliente saiu tarde, por volta das vinte e uma horas, quando o boulevard come\u00e7ava a se esvaziar e a enorme avenida ia ficando deserta. Lu\u00edza caminhava sem pressa na dire\u00e7\u00e3o da garagem que ficava pr\u00f3xima. Apesar da claridade proporcionada pelas lumin\u00e1rias, em alguns pontos, aqui e ali, surgiam manchas negras, principalmente nas esquinas. Uma leve brisa que vinha da dire\u00e7\u00e3o do mar come\u00e7ou a soprar, trazendo a Lu\u00edza algumas lembran\u00e7as de coisas que gostaria de esquecer, mas que estavam em sua mem\u00f3ria. Pensou, por alguns instantes, em procurar um ref\u00fagio antes de ir para casa, mas refletiu. Em casa os filhos deveriam, talvez tamb\u00e9m o marido, estar aguardando-a para o boa noite, uma esp\u00e9cie de ritual, com a sauda\u00e7\u00e3o de sempre: ol\u00e1 mam\u00e3e! como foi o seu dia?  E ela respondia, quase automaticamente, “foi como o de sempre, sem grandes novidades”.<\/div>\n
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Algumas clientes entraram na loja, experimentaram uma pe\u00e7a e outras, mas n\u00e3o compraram. Se resguardam da crise financeira, economizam no cart\u00e3o de cr\u00e9dito, procurando espichar o dinheiro at\u00e9 o final do m\u00eas. Hoje em dia, com essas dificuldades todas, as pessoas andam mais cautelosas.<\/div>\n
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E assim seguiu em frente. No carro, Lu\u00edza pensou que tamb\u00e9m estava sendo v\u00edtima dessa situa\u00e7\u00e3o, mas conseguia se segurar, pois n\u00e3o tinha muitas meninas trabalhando, apenas tr\u00eas, e o faturamento mensal dava para cobrir as despesas da loja. Em casa, o marido, engenheiro, segurava a barra, inclusive as despesas do col\u00e9gio dos filhos. Mas Lu\u00edza vivia dividida, amava as crian\u00e7as, mas n\u00e3o amava tanto assim o marido com quem vivia como bons amigos. Ao chegar em casa a recep\u00e7\u00e3o foi aquela que esperava, sem novidades. Uma hora, duas horas depois, Lu\u00edza j\u00e1 estava pronta para deitar-se ao lado do marido.<\/div>\n
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A noite, um pouco agitada, foi acometida de forte pesadelo que suportou inconscientemente, procurando se proteger. Tudo lhe parecia real. Viu-se no meio de um tiroteio na metade do dia, com muita gente correndo de um lado para o outro, tentando se proteger, enquanto os bandidos trocavam tiros com a pol\u00edcia. Esse foi um dia horroroso em todos os sentidos. Mulheres gritando e homens correndo, fugindo das balas sem dire\u00e7\u00e3o, que raspavam suas cabe\u00e7as com zumbindos apavorantes.<\/div>\n
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Durante esses momentos terr\u00edveis, Lu\u00edza acordou apenas uma vez durante toda a noite. Sua agita\u00e7\u00e3o n\u00e3o foi percebida pelo marido, que dormia tranquilo e profundamente. Ao acordar, pela manh\u00e3, o sol j\u00e1 estava batendo na janela do quarto. Saltou da cama silenciosa e foi se  preparar para enfrentar um novo dia, pensando em si e nas crian\u00e7as. E em mais ningu\u00e9m.<\/div>\n
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