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{"id":1239,"date":"2016-11-12T20:12:49","date_gmt":"2016-11-12T23:12:49","guid":{"rendered":"http:\/\/www.fredericocarvalho.com.br\/?p=1239"},"modified":"2016-11-12T20:12:49","modified_gmt":"2016-11-12T23:12:49","slug":"a-umbanda-nasceu-aqui","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.fredericocarvalho.com.br\/tema\/sao-goncalo\/a-umbanda-nasceu-aqui\/","title":{"rendered":"A Umbanda nasceu aqui"},"content":{"rendered":"

Talvez sejam poucas as pessoas que saibam caber a S\u00e3o Gon\u00e7alo o privil\u00e9gio de haver sido o ber\u00e7o do surgimento, em 1908, da Umbanda, tida por seus adeptos como a primeira e \u00fanica religi\u00e3o verdadeiramente brasileira por reunir em suas pr\u00e1ticas elementos da cultura religiosa de \u00edndios, africanos e europeus, as tr\u00eas etnias de cuja fus\u00e3o resulta o Brasil atual.<\/span><\/p>\n

Tudo come\u00e7ou com Z\u00e9lio Fernandino de Moraes, um jovem de fam\u00edlia tradicional no bairro de Neves e cujo pai, fazendeiro, foi o primeiro a exportar frutos dos laranjais gon\u00e7alenses para a Inglaterra no princ\u00edpio do s\u00e9culo passado.<\/span><\/p>\n

No dia 10 de abril de 1908 o jovem Z\u00e9lio comemorou a passagem de seu 17\u00ba anivers\u00e1rio e tinha como planos ingressar na Marinha de Guerra, iniciando-se nos estudos para prestar exame na Escola Naval. Por\u00e9m, dias depois foi acometido de uma estranha paralisia, que o deixara preso ao leito. Chamados os m\u00e9dicos mais importantes da \u00e9poca, de S\u00e3o Gon\u00e7alo e Niter\u00f3i, deu-se in\u00edcio a v\u00e1rios tratamentos, que se sucediam sem apresentar melhoras. Nenhum dos m\u00e9dicos conseguia diagnosticar a doen\u00e7a e seu estado de sa\u00fade s\u00f3 se agravava.<\/span><\/p>\n

Eis que, a partir de outubro daquele ano, ele come\u00e7ou a falar palavras sem nexo, teve vis\u00f5es e apresentou quadro de aparente perturba\u00e7\u00e3o mental. Outros m\u00e9dicos foram chamados, sem nenhuma solu\u00e7\u00e3o. No princ\u00edpio de novembro, o pr\u00f3prio Z\u00e9lio anunciou a seus pais que no dia seguinte voltaria a andar. Com efeito, assim ocorreu, mas sem que desaparecessem os sinais tidos como de dist\u00farbio da mente.<\/span><\/p>\n

A fam\u00edlia, muito cat\u00f3lica, chamou padres, que aconselharam tratamento m\u00e9dico especializado. Um vizinho, ent\u00e3o, orientou-a a lev\u00e1-lo \u00e0 Federa\u00e7\u00e3o Esp\u00edrita do Estado do Rio de Janeiro, que funcionava em Niter\u00f3i (em sede provis\u00f3ria, na Rua da Concei\u00e7\u00e3o, 133, sobrado, de onde mudou, anos depois, para a sede definitiva, na Rua Coronel Gomes Machado, 26) e fora fundada h\u00e1 pouco, em 30 de junho de 1907, pois poderia ser uma obsess\u00e3o espiritual. <\/span><\/p>\n

No dia 15 de novembro de 1908, Z\u00e9lio l\u00e1 chegou, reuniu-se com o presidente Eug\u00eanio Ol\u00edmpio de Souza e outros membros da Federa\u00e7\u00e3o Esp\u00edrita. Imediatamente, incorporou um caboclo e foi recriminado, posto que a organiza\u00e7\u00e3o seguia a doutrina de Alan Kardec, o m\u00e9dico franc\u00eas que criara uma nova forma de espiritismo, unindo f\u00e9 e ci\u00eancia. Z\u00e9lio protestou e anunciou que, no dia seguinte, seria iniciada uma nova religi\u00e3o.<\/span><\/p>\n

Com efeito, no dia 16 de novembro de 1908, \u00e0 noite, em sua resid\u00eancia, na Rua Floriano Peixoto, 30, em Neves, S\u00e3o Gon\u00e7alo, sem raz\u00e3o aparente, reunia-se verdadeira multid\u00e3o para assistir \u00e0quele fato. E ali, naquele momento, foi fundada a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Piedade.<\/span><\/p>\n

Z\u00e9lio nunca explicou a raz\u00e3o da palavra \u201cumbanda\u201d, at\u00e9 mesmo porque ningu\u00e9m lhe perguntou, embora ele tenha vivido at\u00e9 1975. Por isso, os historiadores divergem sobre sua proced\u00eancia, mas a imensa maioria acredita que ela decorra do voc\u00e1bulo \u201cm\u2019banda\u201d, usada pelas tribos Quimbundo, da \u00c1frica, para designar os seus sacerdotes, e que era tamb\u00e9m uma palavra sagrada dos \u00edndios tupis. Portanto, seria \u201cTenda de Sacerdotes\u201d, numa tradu\u00e7\u00e3o livre.<\/span><\/p>\n

\"Z\u00e9lio<\/a>

Z\u00e9lio Fernandino de Moreaes – fundador da Umbanda<\/p><\/div>\n

Sua cria\u00e7\u00e3o foi seguida, no mesmo ato, de algumas regras b\u00e1sicas e simples, tais como o uso apenas de roupas brancas, ter como adere\u00e7o somente uma fita da cor do orix\u00e1 ou do santo do dia comemorado, n\u00e3o receber nenhuma recompensa dos que recorrem \u00e0 Umbanda, n\u00e3o praticar sacrif\u00edcio de animais e fazer da caridade a pr\u00e1tica permanente segundo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.<\/span><\/p>\n

Em 1918, Z\u00e9lio criou sete novas tendas (Nossa Senhora da Guia, Nossa Senhora da Concei\u00e7\u00e3o, Santa B\u00e1rbara, S\u00e3o Pedro, Oxal\u00e1, S\u00e3o Jorge e S\u00e3o Jer\u00f4nimo), das quais a maioria na cidade do Rio de Janeiro, sendo a \u00faltima delas em Neves, onde criou uma escola prim\u00e1ria para as crian\u00e7as pobres do bairro, e come\u00e7ou a expandir sua cren\u00e7a por todo o territ\u00f3rio nacional. <\/span><\/p>\n

Casado com dona Isabel de Moraes, com ela teve duas filhas, Z\u00e9lia e Zilm\u00e9ia, \u00e0s quais passou a dire\u00e7\u00e3o da tenda original em 1963 e mudou resid\u00eancia, com a esposa, para Boca do Mato, em Cachoeiras de Macacu, RJ, onde faleceu em tr\u00eas de outubro de1975.<\/span><\/p>\n

Z\u00e9lio, entretanto, n\u00e3o se dedicava apenas \u00e0 sua cren\u00e7a. Como era norma n\u00e3o receber recompensa pelo bem distribu\u00eddo, dedicava-se \u00e0s atividades profissionais normais, assumindo os neg\u00f3cios de seu pai, e fez uma incurs\u00e3o na pol\u00edtica, elegendo-se vereador em 18 de maio de 1924 e empossado em 10 de junho seguinte. Foi reeleito para um segundo mandato em 10 de abril de 1927, empossado no dia 30 seguinte e escolhido por seus pares, na mesma data, para secret\u00e1rio do Legislativo gon\u00e7alense. Ap\u00f3s cumprir o novo mandato de tr\u00eas anos, candidatou-se pela terceira vez em 1929 e n\u00e3o se reelegeu, o que o levou a afastar-se da pol\u00edtica. Quando de seu falecimento, a C\u00e2mara Municipal deu seu nome \u00e0 Rua [vereador] Z\u00e9lio de Moraes (erradamente grafado como Z\u00edlio, em placa da prefeitura), no bairro de Mangueira.<\/span><\/p>\n

\"A<\/a>

A casa em que nasceu a Umbanda, esquecida e demolida durante o Governo Aparecida Panisset (coment\u00e1rio do editor da p\u00e1gina)<\/p><\/div>\n

Infelizmente, o importante s\u00edtio hist\u00f3rico n\u00e3o s\u00f3 para a cidade, como para o estado do Rio e a na\u00e7\u00e3o brasileira, n\u00e3o conseguiu resistir \u00e0 for\u00e7a de marretas e picaretas: o im\u00f3vel da Rua Floriano Peixoto, 30, foi vendido por herdeiros de Z\u00e9lio de Moraes em fins de 2010 ao empres\u00e1rioWanderley da Silva. Em setembro e outubro do ano seguinte, ele determinou que o pr\u00e9dio hist\u00f3rico fosse derrubado para em seu lugar erguer uma loja de alum\u00ednios. Os protestos, inclusive do cantor e compositor popular Martinho da Vila, cat\u00f3lico assumido, mas defensor da Hist\u00f3ria, foram in\u00fateis. At\u00e9 porque tudo ocorreu com o benepl\u00e1cito da prefeitura municipal.<\/span><\/p>\n

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Fontes<\/i><\/b>: <\/span><\/i>HTTP:\/\/www.umbanda.brasilpodcast.net\/audio<\/span><\/i><\/a><\/p>\n

            O Fluminense, 10-04-1908, p. 2; 10-06-1924, p. 1; 10-04-1927, p. 1; 01-05-1927, p. 1; e 07-03-1929, p. 1, Biblioteca Nacional.<\/span><\/i><\/p>\n

            O Estado, 25-05-1924, p. 1, Biblioteca Nacional.<\/span><\/i><\/p>\n

            A Gazeta, 06-06-1924, p. 1; 24-08-1924, p. 5, e 01-05-1927, acervo de Cezar Augusto de Mattos.<\/span><\/i><\/p>\n

            Jornal Extra, Rio de Janeiro, RJ, 02-10-2011, p. 3; 04-10-2011, p. 5; e 05-10-2011, p. 1 e 3.<\/span><\/i><\/p>\n

            O Globo, Rio de Janeiro, RJ, 05-10-2011, p. 20.<\/span><\/i>    <\/span><\/p>\n

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