Aquele bar-restaurante-boate era para ele, e sempre fora, uma esp\u00e9cie de porto seguro, onde refazia o dia de trabalho, observando e controlando as cota\u00e7\u00f5es das Bolsas. Mas a\u00ed Lu\u00edza apareceu, elegante, faceira, encantadora, dominadora, quase destruindo a vida dos dois. Ele solteiro, mas e ela, a fam\u00edlia dela. Como ficaria, ent\u00e3o, se tudo fosse consumado como era esperado? Ningu\u00e9m saberia dizer, n\u00e3o. Ah! o amor. O amor \u00e9 um mist\u00e9rio insond\u00e1vel.<\/div>\n
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E ele foi sendo dominado aos poucos, como uma pessoa carente de carinho, de afeto e de amor. N\u00e3o chegaram a se amar. O que houve foi s\u00fabita paix\u00e3o, que logo se desfez num gesto extremo de incompletude, pois n\u00e3o conseguiram iniciar o ato supremo da conjun\u00e7\u00e3o carnal e da cria\u00e7\u00e3o. Na verdade se n\u00e3o fosse a estranheza, se aquela coisa n\u00e3o tivesse acontecido, quem sabe o que poderia acontecer daquela noite em diante. Ningu\u00e9m saberia. Poderiam acontecer coisas incompreens\u00edveis e at\u00e9 mesmo lament\u00e1veis, mas que para ambos poderiam ser consideradas naturais em nome do destino. Sim. Do destino.<\/div>\n