Que ninguém espere progressos excessivos no governo de José Luiz Nanci. E nem de governo nenhum nos próximos anos. Não há como progredir tanto com as contas públicas escancaradas por uma contabilidade que não bate.
Ao longo de décadas, São Gonçalo vem sendo espoliada com obras superfaturadas e com pouquíssima infraestrutura. Algumas praças foram reformadas, é verdade, mas a que custo? A iluminação pública é caríssima para não cumprir o que deveria e o serviço de limpeza urbana é um dos maiores fracassos que se tem notícia. Muitos buracos foram tapados, mas o rombo econômico-financeiro não para de crescer.
Em São Gonçalo chega-se ao cúmulo de estuprar o Código Civil vendendo uma praça pública, sob o argumento irresponsável de que havia cracudos no local. É, se a traição aconteceu no sofá, vende-se o sofá. E que se danem o povo e as leis.
Difícil esperar muito progresso de uma cidade que só é lembrada pelos governantes em tempo de eleição. Muitos deputados federais e estaduais se elegem por aqui, mas aqui não vivem e nem dão a mínima na plenitude de seus mandatos.
O que se espera de José Luiz Nanci não é nenhum excesso. Ele não teria como fazê-lo e sempre soube disso. O que se espera é um secretariado com viés mais técnico, sem se afastar da veia política, que convém no exercício do cargo. O que se espera são ações transparente e o constante contato com o povo, mantendo as contas abertas e prestando todos os esclarecimentos necessários no dia a dia de seu governo. O que se espera é coordenação firme de seus secretários e equilíbrio das contas públicas para que possa arrumar a casa, paulatina e responsavelmente.
A população precisa ser consciente e objetiva em sua fiscalização. Mas nos primeiros momentos da nova administração, focar os que mais necessitam. E isso não será nada fácil porque problema é tudo o que não falta em São Gonçalo.
Nunca será tão necessária a formação de Parcerias Público-Privadas. E feitas com transparência, são muito benéficas. Melhoram a cidade, impulsionam a economia e favorecem a população. É a racionalização de qualquer gestão que se preze: todos contribuem e se beneficiam.
“Zé” Luiz tem missão maior do que simplesmente gerir. Tem a missão de apaziguar o hiato que se forma a cada dia entre o governo e a população. Tem a missão de restaurar a verdade da política séria, honesta e admirada por todos. Não pode ser mais um a fazer do mesmo jeito. Precisa fazer diferente e melhor. Humilde ele é. Equilibrado também. Sabiamente, nunca se esconde do povo. E se assim se mantiver, fará o maior de todos os milagres: reconciliar a população com seu prefeito. E se isso acontecer, São Gonçalo caminhará para o verdadeiro progresso.