Radamés Vieira

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Radames foi um grande companheiro. Lamento muito que ele tenha se ido, pois realmente sempre foi um grande companheiro e amigo. Nos conhecemos há anos e tivemos uma grande e leal convivência no Jornal do Commercio, eu como chefe de reportagem e ele assistente do diretor de redação, Milton Coelho da Graça.
 
Depois viemos nos encontrar na Assembleia Legislativa, eu como repórter político e ele como assessor do deputado Comte Bittencourt,  já então refazendo uma caminhada como cineasta, produtor de documentários.
 
Ele, homem de esquerda, eu como pessoa mais centrada na convivência humana, mas nos respeitávamos. Na ABI, quando exerci algumas atividades, como presidente da Comissão de Sindicância, conselheiro e secretário do Conselho Deliberativo, Milton Coelho da Graça, conselheiro, Radames estava sempre lá, trocando ideias e rindo muito de histórias passadas e revividas. Uma das coisas que mais fazíamos rir e dar gargalhadas era o fato de estar sempre questionando algumas situações, ser tido por alguns como pessoa ideologicamente de direita ou de centro, quando na verdade – eu explicava, não sou de direita, sou uma pessoa que procura ser justa.
 
Antes disso, Radames foi assessor do então deputado estadual Alexandre Cardoso, depois deputado federal e prefeito de Duque de Caxias. Foi quando, nesse tempo longínquo, travamos um certo relacionamento profissional. Ele, meio ensimesmado, me tratava com carinho. Um dos comunistas mais aferrado, Luiz Mário Gazzaneo, também fazia parte do grupo. Fui amigo de ambos, mas não comunista. Nos respeitávamos mutuamente, até trocávamos uns dedos de prosa.
 
Mesmo sendo comunista, São Pedro entenderá e, por certo, ambos – Radames e Gazzaneo – estão juntos contribuindo para não parar a máquina de fazer notícias no azul celeste do universo.
 
Pereirinha

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