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Frederico Carvalho – Professor Frederico Carvalho https://www.fredericocarvalho.com.br Seriedade e Respeito a São Gonçalo Sat, 16 Feb 2019 19:56:30 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.5 https://www.fredericocarvalho.com.br/wp-content/uploads/2020/09/cropped-favicon-32x32.png Frederico Carvalho – Professor Frederico Carvalho https://www.fredericocarvalho.com.br 32 32 Salve-se quem puder, mas continue educando! https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/salve-se-quem-puder-mas-continue-educando/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/salve-se-quem-puder-mas-continue-educando/#respond Sat, 16 Feb 2019 13:39:43 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1785 Continue a ler »Salve-se quem puder, mas continue educando!]]> Tenho consciência de que o dinheiro é escasso para toda a classe trabalhadora. E também tenho consciência de que os políticos nunca se interessaram muito pela educação.

Educação não interessa aos políticos porque independentemente do que se estuda, sempre se sabe um pouquinho mais. E quem sabe mais, ou se revolta ou é mais um para dividir a astúcia e reduzir o ganho.

Brasil, Ordem e Progresso; Pátria Educadora; Educação para todos; Pátria amada, Brasil… Muitos slogans, pouca ação conclusiva.

Durante muito tempo importamos modelos de educação, principalmente da Europa e dos Estados Unidos. E quando criamos alguma coisa no Brasil, é apenas para as exceções. A educação inclusiva no Brasil, por exemplo, não parte nem da área de educação. Apenas foi absorvida por esta.

A Lei do “Calote”, de FHC, permite que o aluno menor de idade, mesmo inadimplente, tenha direito a todas as aulas, avaliações, documentos e regalias que o aluno que paga tem. A escola e os professores têm que trabalhar normalmente com esse aluno. Só que a inadimplência cresce, não só por parte do que não pode pagar, mas por parte do que pode e que sabe que nada vai acontecer a não ser perder o seu crédito, caso a escola inclua nos serviços de proteção financeira.

O grave problema da inclusão é que para os que criam e apoiam a lei, todos podem ser incluídos. E segundo as próprias APAEs, nem todos estão no mesmo nível. Enquanto as escolas do governo lutam para reduzir seus gastos e otimizam turmas, as particulares, que precisam dos alunos, devem contratar mediadores e arcar com os custos, não tendo como remunerar melhor o professor.

Aliás, a remuneração baixa do professor é fruto também do desamparo em que se encontra a Escola Particular.

Pensemos bem. Para sobreviver, a Escola Particular tem que pagar impostos. E São Gonçalo não é um município que facilite as coisas. Tem que pagar energia elétrica alta porque precisa ter ar condicionado nas salas. Tem que ter laboratórios e bibliotecas funcionando. Tem um baita gasto de água. Tem que cobrar o mínimo, para ter alunos. Tem que receber pessoas com deficiência e se adequar a elas com rampas, banheiros apropriados, sinalização, redução de alunos por sala, mediadores, etc., sem poder aumentar o valor da mensalidade. O que sobrará para os educadores e para o mantenedor? Isso sem contar com as escolas não regularizadas e que não pagam qualquer imposto ou taxa, reduzindo o número de alunos circulantes no mercado, de forma desonesta.

Se o professor apenas sobrevive, trabalhando em três turnos, é porque alguma coisa não está correta. Não falo de enriquecimento, falo de sobrevivência.

Pobre educação. Pobres educadores. Mas sobretudo, pobre povo que não conta com governos coerentes e decentes no tocante à Educação. Escolas falindo, professores insatisfeitos, currículo elaborado por quem nunca militou na Educação Básica, por quem nunca ensinou a ler ou a escrever ou a contar.

E vamos em frente nesse “salve-se quem puder” de uma educação de qualidade inferior à da Etiópia, cheia de slogans, cheia de incompetentes dominando e sem resultado prático que eleve a capacidade do povo.

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Cadê meu final feliz? https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/cade-meu-final-feliz/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/cade-meu-final-feliz/#respond Sun, 10 Feb 2019 15:00:57 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1774 Continue a ler »Cadê meu final feliz?]]> Os meninos das categorias de base do Flamengo poderiam estar em qualquer escola do Rio de Janeiro e, numa delas, terem morrido. Caso isso acontecesse, a escola já estaria fechada, o Conselho Tutelar e o MP já teriam sido acionados, a direção já estaria presa e a imprensa não estaria dando tons de fatalidade, mas de criminalidade.

Se as mortes provocadas pela Samarco e pela Vale fossem contar como verdadeiros crimes ambientais, ao patrimônio e às pessoas, além do montante em dívidas para pagar, muitos executivos já estariam presos.

Se as mortes e agravamentos de saúde de pacientes do SUS fossem averiguadas a miúde, analisando contratos, logística, perdas e sobretudo, roubos, não só a saúde seria maravilhosa como haveria recursos em qualquer unidade médica.

No decantado objetivo de evitar os desvios, a máquina não anda, as mortes acontecem e só quem empobrece é o povo e o estado. Os agentes públicos de alto escalão nunca empobrecem e, se morrem, é em hospitais de primeira linha.

Políticos assumem seus cargos com tornozeleiras. São importantes legisladores de dia e meros presidiários à noite.

Enquanto isso, o STF acha uma indignidade uma investigação da Receita Federal sobre seus membros, como se fossem imunes à criminalidade e fiéis escudeiros de todas as qualidades morais e éticas, judicializando, de temas insipientes, aos mais importantes. Sempre no controle de toda e qualquer situação e sem nenhuma transparência.

Os partidários se debruçam entre direita e esquerda. E ninguém se debruça sobre o que o povo precisa.

E assim seguimos sem educação, sem saúde, sem empregos, sem segurança, sem justiça social, sem saneamento básico, sem participação efetiva dos entes públicos, sem direitos aos serviços que o nosso imposto recolhido deveria oferecer, sem transporte decente, sem nada.

Somos apenas o público pagante que assiste a uma novela de acontecimentos sórdidos e sombrios, a espera de um final feliz que não chega nunca.

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Ética necessária https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/etica-necessaria/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/etica-necessaria/#respond Sun, 03 Feb 2019 14:19:46 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1763 Continue a ler »Ética necessária]]> Meus heróis não morreram de overdose. Meu Herói morreu na cruz.

Estamos vivendo uma contenda política relevante. A disputa de poder é colossal, principalmente ao meio de uma mudança tão drástica de paradigmas. Drástica até para quem  escalou o poder e não imaginava tanta reação.

Acharia tudo normal se o objetivo fosse maior. Se fosse o de melhorar a vida das pessoas paulatinamente. Não para tomar riquezas, mas para distribuí-las de forma mais justa, sem falácias ou ideologias impraticáveis.

“Com o suor do teu rosto comerás o teu pão, até que voltes ao solo, pois da terra foste formado; porque tu és pó e ao pó da terra retornarás!” (Gênesis 3,19)

De ideologias, estamos cheios. De ação, estamos miseráveis. E vemos isso dioturnamente quando obras são anunciadas e o dinheiro some e as pessoas ficam à mingua.

O que nos falta é ética, sobretudo. Faltam preceitos de moralidade. E sem eles, não existe ideia de sociedade. Só existe o indivíduo.

Quando o conselho dos anciões (senado) perde a dignidade forjando uma votação, que exemplo se espera para toda uma nação? O que dizer aos nossos jovens? O que esperar dos oitenta e um eleitos?

Enquanto não pensarmos na justiça social, não teremos povo feliz. Manteremos nossa vida de gado. E é isso que sustenta o coronelismo, por exemplo.

A população humilde não anseia por ser rica. Ela anseia por viver com dignidade. E dar às pessoas condição de serem dignas é até simples. Via de regra custa pouco porque os recursos naturais, via de regra, não estão distantes.

A água, por exemplo, está no subsolo do nordeste. Justamente onde o sol escaldante pode gerar energia elétrica para bombas simples, que regarão o solo árido na superfície, mas fértil quando tratado.

Voltando à questão ética, precisamos considerar que é um conceito desgastado porque cada um puxa para seu viés. Quando, em verdade, deveríamos usá-la para o bem comum, resolvendo conflitos e buscando alternativas ao que existe por aí.

A mudança de paradigmas é sempre traumática, principalmente porque mexe com a alternância do poder. E isso é insuportável para alguns, principalmente por não terem sido acostumados à ética.

Sempre há mais de um caminho. Escolha o melhor.

Governos não precisam fazer mirabolâncias. Precisam traçar rumos para que o povo progrida. Já as oposições devem contestar o que acreditam ser errado e chamar a atenção do governo para o que precisa ser mudado. Não pode se ater a combate sistêmico e ideológico pura e simplesmente. As discussões devem ter substância. Não pode ser projeto de poder. Tem que ser projeto de crescimento… e crescimento do povo!

Todos nós precisamos pensar e agir com critério ético. Professores, políticos, empresários, trabalhadores, estudantes, pouco importa: sem ética não existe futuro!

Comece aos poucos poupando os copos descartáveis, jogando lixo na lixeira, não colando nas avaliações, devolvendo o troco a mais, ajudando a lavar uma louça, falando sempre a verdade, poupando água e energia elétrica que podem ser necessários a outros…

Já seria um começo.

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Tudo muito sem graça https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/tudo-muito-sem-graca/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/tudo-muito-sem-graca/#comments Mon, 12 Mar 2018 00:33:10 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1733 Continue a ler »Tudo muito sem graça]]>

– Frederico Carvalho – 

De dois em dois anos, coincidindo com a Copa do Mundo ou com as Olimpíadas, quem sabe, até de propósito, acontecem as eleições no Brasil. E as campanhas são mais interessantes que as “janelas partidárias”. Aliados se tornam opositores ferrenhos, amigos jamais se conheceram, opositores viram amigos de infância e a confusão está mais do que formada. Bem, ao menos para o povo, que não entende nada. Para os políticos não. É tudo jogada bem arquitetada para iludir os eleitores, na maioria das vezes, desinteressados pelo pleito.

Política perdeu muito do sentido de “arte de conciliar” para se tornar a “arte de enganar”.  E enganar alguns pode não ser algo tão vantajoso como enganar muitos. E para isso exige-se muita estratégia, infraestrutura e muito discurso, sempre pendendo para as necessidades jamais satisfeitas do povo.

Não é à toa que saúde, transporte, educação, emprego e segurança estão em primeiro lugar no rol dos assuntos mais elencados. Principalmente porque sempre foram esses os itens que faltaram em todos os governos. Coisas nunca resolvidas.

O Café Social foi mais uma forma de iludir a população.

Assunto da moda está sendo a “corrupção” ou o seu inverso, “a honestidade”. Os que ainda não foram julgados são “ficha limpa”. Os que já foram, são pobres injustiçados e recorrem, recorrem, recorrem e continuam recorrendo contra os dispositivos “legais” que eles próprios aprovaram enquanto não acreditavam ser pegos.

 

O discurso das Barcas para São Gonçalo já tomou forma. A gente se ilude porque quer!

O Metrô é um desafio à matemática: não possui e, pelo jeito, jamais possuirá a Linha 3.

Até o BRT, que é um prêmio de consolação de mau gosto, “Cavalo de Tróia” de interesse dos empresários do setor, está silencioso, talvez esperando a velha perplexidade do eleitor após os resultados.

E ainda dizem que querem “regulamentar” os aplicativos de transporte da cidade, como se isso não fosse para onerar mais o povo em nome de mais arrecadação negociada para rechear os bolsos de alguém – ou de certos “alguéns”!!!

Votaremos para presidente, senador, deputado federal e deputado estadual. Pleito sem nomes confiáveis, sem confiança nas urnas, sem confiança nos políticos, tampouco no judiciário.

O Metrô é um desafio à matemática: não possui e, pelo jeito, jamais possuirá a Linha 3.

E o gonçalense vai assistir a todo um elenco de políticos de fora pedindo voto aqui e votará neles pela fama, pela falta de informação, pela falta de participação na vida local… Afinal, São Gonçalo, apesar dos contrários, ainda é uma cidade dormitório. Conhece os políticos de Niterói e da capital, mas nada conhece ou não valoriza os seus. Mete pau nos governos, mas os elege. E de quebra acredita nas mesmas promessas de sempre. Políticos crescendo, São Gonçalo decaindo.

E segue o trem. Frágeis locomotivas, mesmos vagões enferrujados e fora dos trilhos. “Café com pão!”, “Piuíííí”, “Café com pão!”, “Café com pão!”

 

Melhor parar! A onomatopeia me lembrou do Café Social do governo passado. Muito sem graça.

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Intervenção ou massacre? https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/intervencao-ou-massacre/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/intervencao-ou-massacre/#comments Fri, 16 Feb 2018 15:00:00 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1717 Continue a ler »Intervenção ou massacre?]]>

Estou dividido com relação à intervenção na segurança, definida pelo Planalto, no Estado do Rio. Não que toda ajuda não seja bem-vinda. Mas a eficácia depende de tantos fatores, que fica difícil uma opinião de imediato.

Precisaríamos, logo de início, entender as causas da insegurança. E o fazendo, veremos que não estão nas classes mais populares, como querem nos fazer crer. Apesar de não haver santidade nelas, precisamos assumir a consciência de que eles são a vítima mais sensível de todo esse processo.

Barriga roncando de fome não é boa conselheira. Os mais resistentes sofrem pela sua falta de aparelhamento de sobrevivência. Os mais afoitos e influenciáveis querem matar a sua fome de alimento e de bens que a televisão e a internet sinalizam a todo momento. Precisam de dinheiro para satisfazer seus anseios e isso tem que ser rápido. Não há forma mais rápida do que tirar de quem tem, inclusive a vida.

A grosso modo culpamos essas pessoas pelo que se tornaram. Mas elas foram vítimas de uma violência que, em princípio, não produziram. Responderam com violência a violência que sempre receberam. Ninguém se preocupou com elas, nem com os encarcerados, nem com os analfabetos funcionais, nem com a vacina diluída em tantas doses, nem com a falta de hospitais, nem nada.

“Violência gera violência!”

A violência vem de cima para baixo. O que vem de baixo para cima é reação do que chegou ao mais baixo grau de degradação, do que não tem mais esperança, do que depende de alguns poucos anos de vida marginalizada para morrer na flor da idade, sem ter aproveitado o prazer de uma vida comum – para quem não sabe, viver de foma comum é algo maravilhoso!

Intervenção na segurança deveria começar por quem policia, por quem julga, por quem tem poder e o utiliza indevidamente, por quem enriquece e burla as autarquias fazendárias…

Darcy Ribeiro dizia que menor número de escolas corresponderia a maior número de presídios. E vemos isso hoje. O Rio de Janeiro encolhe suas vagas para economizar e não tem presídios com qualquer cunho educativo. Não preparam o homem para o reintegrar à sociedade quando possível. Antes o trata como dejeto e o despeja numa latrina estadual sem qualquer chance de lugar ao sol. Mas não se intervém na educação.

“Não é uma ação de vida. É uma ação de morte!”

O Direito se fundamenta em usos e costumes, em moral e ética. Quando uma lei amoral e antiética é promulgada, alguém é favorecido quando muitos são penalizados.

Se a intervenção na segurança é necessária, que seja na segurança contra os que prejudicam o cidadão comum de seus algozes. Não só os encapuzados, mas os que se camuflam debaixo das capas do poder.

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Oriente-se! https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/oriente-se/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/oriente-se/#comments Sun, 31 Dec 2017 14:29:38 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1703 Continue a ler »Oriente-se!]]> Jamais entenderei aqueles que não viram 2017 como um bom ano. Claro que foi um ano difícil, mas teve seus méritos, com certeza.

2017 foi um ano em que muitas personalidades foram reveladas, ou se preferir, que muitas máscaras caíram.

Muita gente conseguiu enxergar que a roubalheira prejudicou o país em bilhões de dólares, muita gente enxergou que o governo atual pouco ou nada fez para melhorar a vida do povo. Porém, só alguns poucos repararam que já havia uma fragilidade anterior, em que se sacava mais do que se depositava, apesar dos depósitos serem vultosos.

O maior depositante, o povo, se viu lesado em sua condição de proprietário. Delegou comandos equivocados a seus gerentes e estes além de salários acima do mercado, encheram-se de lucro indevido, dilapidando bens e direitos de quem os paga.

Os juízes maiores deste país estão estupefatos com a quantidade de podridão que cai em suas mãos e não conseguem chegar a lugar algum porque entre eles há os que se apequenam e não reconhecem a responsabilidade do que há sob seus martelos.

Há aqueles que apelam para os militares, já que as instâncias superiores do judiciário pouco fazem em favor do povo. Só que a caserna é formada por povo também. Os abastados ali são pouquíssimos e não recebem o mesmo que um legislador ou um juiz. Sem contar que o verdadeiro militar do século 21 nada tem a ver com o militar de 1964. O militar de hoje estuda, é mais sensível à família, não goza de prestígio e nem rancho decente tem. Não posso dizer que o militar do século 21 não queira poder. Ele quer poder… sustentar a família, viver com dignidade, aposentar-se com decência, viver a sua vida sem incomodar os outros.

2017 foi bom porque revelou o quanto não podemos crer nos legislativos que nós mesmos empoderamos. Senado, Câmara dos Deputados, Alerj e Câmara Municipal, tudo fraco, tudo em iates assistindo o povo a se afogar.

Tomando o exemplo daqui, o que a Câmara Municipal de São Gonçalo fez de relevante na atual legislatura? NADA! Não existe! É morta! Sequer respeita o estado laico. Profere-se muito da Palavra, mas em nada pratica-se o que se diz. Projetos? Fiscalizações? NADA! Quem vota não é o eleitor, mas o seguidor religioso, que vê o messias em seu pastor. E quando assim não é, houve muito dinheiro gasto com a eleição. Mais dinheiro do que toda a legislatura pagaria. E isso tem que ser analisado e expurgado definitivamente da política. E se o país realmente tomar um rumo, acredito que muita gente ainda acerta as contas com a justiça em 2018.

Mas 2017 foi um bom ano porque nos fez ver tudo isso. Porque muitos trabalharam pela decência, pela melhoria da cidade, do estado e do país. Porque muitos sofreram com a falta de salário e perceberam ter votado errado para, quem sabe, acertar da próxima.

2018 será um ano melhor. Vão abrir algumas comportas de bondade porque vem eleição grande aí. Eles precisam oferecer uma balinha para o povo que já não se alimenta como no tempo do Plano Real e que perdeu gradativamente cada direito até chegar ao hoje.

2017 foi bom porque nos fez enxergar e, com certeza, nos balizará por um 2018 melhor, desde que cada um abra seu coração para dar também o melhor de si.

Um último recado aos políticos menos afeitos à coisa pública: sua batata pode estar assando agora e você pode cair no ostracismo. Faça mais e melhor enquanto é tempo. Esse papinho de fiscalizar obrinha não dá mais. Oriente-se!

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Guardas armados? Prefiro-os vivos! https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/guardas-armados-prefiro-os-vivos/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/guardas-armados-prefiro-os-vivos/#comments Thu, 26 Oct 2017 14:42:22 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1663 Continue a ler »Guardas armados? Prefiro-os vivos!]]> Para conseguir o que desejam, políticos usam ações inversas na tentativa de fazer a cabeça da população.

Desarmar o cidadão com a falsa promessa de segurança foi uma das mais horrendas. Deu tempo suficiente para os bandidos se armarem mais e de promoverem as maiores barbáries. A prática do latrocínio aumentou absurdamente. A polícia não acompanhou, o povo não reagiu e agora ninguém quer sair de casa tarde para ir a lugar nenhum, a não ser quando tem algum salvo-conduto. “Happy Hour” se transformou em Hora do Pesadelo.

Policiais morrem pelo simples fato de serem policiais, mesmo dentro de suas próprias casas. Ficam sem as armas e pagam pelos seus colegas que se associam à bandidagem. Muito triste!

A Guarda Municipal, que via de regra atende bem às pessoas, não pode sofrer a violência de ser armada. Ela é criada para proteger o patrimônio público e auxiliar na ordem pública e no trânsito. Não tem as mesmas funções de policiais militares.

Armar a Guarda Municipal é o mesmo que condenar seus integrantes ao tombamento. É o mesmo que conduzir cada profissional ao corredor da incerteza e da morte.

É claro que há aqueles que trabalham errado. A coletividade é formada de indivíduos. Mas a maioria gritante é formada por chefes de família, mulheres respeitáveis e jovens entusiasmados com a possibilidade de aprenderem cada vez mais. Precisam muito mais de um rádio do que de uma arma. Quando muito, precisam ser apoiados pela PM.

Nossa Guarda não precisa de armamento de fogo para ser respeitada. Precisa de salário digno, de aprendizagem continuada, de condições de trabalho e de segurança, como qualquer cidadão. Se alguém ali dentro quer portar arma no trabalho, que entre para a Polícia. É um direito. Mas desvirtuar a missão dos “Combatentes Pela Ordem Pública” é um crime que não podemos deixar nossos políticos cometerem. Uma covardia a mais com o povo de nossa cidade.

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Reflexões https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/reflexoes/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/reflexoes/#respond Mon, 19 Jun 2017 03:33:14 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1628

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Sedentos de sangue e de poder https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/sedentos-de-sangue-e-de-poder/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/sedentos-de-sangue-e-de-poder/#respond Tue, 02 May 2017 00:33:07 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1601 Continue a ler »Sedentos de sangue e de poder]]>

O fardo do povo de nosso país continua pesado.

A ética que alguns políticos ainda vestiam parece que foi pano que ruiu. Um tecido raro que não se busca usar sob qualquer pretexto. Antes, usam uma imitação sintética e pouco expressiva, que engana alguns, desagrada outros e enriquece tantos mais.

Não há mais como diferenciar os políticos pelos partidos. Não são agremiações que busquem servir a Nação com honra, patriotismo e amor, dentro do viés professado pelos filiados. Diferem-se apenas no discurso, mas são semelhantes nas práticas lesivas, servindo apenas de agrupamento de políticos com intenções mais ou menos parecidas em que o poder é o grande objetivo. Mas não é o poder de desenvolver plataformas populares. É o poder pessoal e extremamente influente e, sobretudo, com muito dinheiro.

Quanto uma pessoa precisa gastar para ter uma vida razoavelmente confortável? Mas políticos não querem uma vida razoavelmente confortável. Ganham o suficiente para não passarem qualquer aperto financeiro, mesmo quarenta anos após a própria morte. A vida se esvai mais rapidamente que a grana que se acumulou e que não serviu para nada a não ser para a ganância. Pior ainda é que a fonte de todo esse dinheiro quase nunca tem origem lícita ou honesta.

Não há, em qualquer esfera de poder, unanimidade pelo servir. Mas há uma gigante maioria que só se lembra do povo na época das eleições ou nos discursos genéricos, falando de saúde, educação, trabalho e segurança. Tudo disfarce, tudo factoide.

O Brasil não precisa de nada a não ser de honestidade. Caso ela exista, nosso país não só se recupera como passa a prosperar, mesmo sem programas sociais explícitos e nem sempre honestamente aplicados como “Bolsa Família”, “Minha Casa, Minha Vida”, etc.

Honestidade é algo básico, mas tão em desuso que precisa ser destacada como algo sobrenatural, só porque é pouco utilizada.

Foi-se o tempo que as mães olhavam nossas pastas escolares – sim: eram pastas pesadíssimas de três divisões, feitas de couro. Verificavam nosso material e não permitiam que aparecesse sequer um lápis que não fosse reconhecidamente nosso. Confiança era joia de alto valor.

Hoje não se corresponde à confiança que o povo oferece. Na maioria das vezes se trai, cravando os dentes nas jugulares do povo como vampiro macabro que só mantém a vítima viva para ser servido com novas doses de sangue.

E mesmo que respirando por aparelhos – aliás, nem por eles porque o dinheiro para tal desapareceu – o país continua nas mãos desses monstros que se abastecem de nossas ilusões de vampiros bons e vampiros maus.

Os mais espertos tornam-se vampiros também. Os mais honestos buscam estacas para fincarem nos vampiros das próximas eleições. Quem sabe consigam?

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Escola do meu tempo https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/escola-do-meu-tempo/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/escola-do-meu-tempo/#respond Sun, 23 Apr 2017 17:08:52 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1590 Continue a ler »Escola do meu tempo]]>

 

No meu tempo de jovem, muitos colegas meus passavam a estudar à noite porque precisavam trabalhar para ajudar em casa. Isso foi antes do Estatuto da Criança e do Adolescente em que o jovem podia ser aprendiz em um pequeno negócio, estabelecer-se ali, melhorar à medida que estudava também, ou nem melhorar porque as leis trabalhistas não abrangiam seriamente a todos. O fato é que as pessoas que não se estabilizassem em um determinado emprego, buscavam chance de melhorar no estudo para galgarem novas oportunidades, normalmente em direito, contabilidade, administração de empresas… Os mais audazes ou os que possuíam um pé-de-meia, iam para medicina, engenharia e odontologia.

Não havia vagas para todos. Muitas vezes havia provas de seleção para que os melhores estudantes entrassem nas melhores colocações e não era raro, numa mesma série haver turmas dos mais dotados e turmas dos menos dotados.

Escola particular nunca foi barata. Escola Oficial era gratuita e quase sempre muito boa, apesar de escassa. Professores eram respeitados e se faziam respeitar. Alguns se faziam até temer. Fruto de uma época em que o mais velho era exemplo para o mais jovem. A disciplina era mais rígida: forma, hino nacional, hasteamento de bandeira, cobrir, firme, uniforme impecável, limpo e bem passado.  As provas eram mensais, de março a novembro. A prova final era em dezembro. Quem passasse, ótimo. Quem perdesse ia para a segunda época, que era uma prova no mês de fevereiro. Não havia estudos de recuperação. Quem não quisesse perder o ano, metia a cara – como se dizia na época – nos estudos. Interpretação de texto, equações, geografia política e física do Brasil e do mundo, estudos de ciências, história dos egípcios, dos gregos, mesopotâmios…

Não havendo internet, os livros eram fundamentais. Eram poucos, caros e passavam de um irmão para o outro, e até mesmo, de pai para filho. Abastadas eram as escolas que possuíam enciclopédias em suas bibliotecas, mas sempre havia uma biblioteca, por mais humilde que fosse. Dever de casa era muito e bem cobrado na aula seguinte.

Nem todos os professores tinham formação superior. Eram leigos de notório saber e respeitados por onde quer que fossem. Os alunos beijavam as mãos de suas antigas mestras como se fossem elas a segunda mãe. Eram visitadas pelos ex-alunos, mesmo quando envelheciam. Não era veneração pura. Era gratidão!

Via de regra, as salas de aula eram toscas. Carteiras de um ou dois lugares, mesa do professor, uma bandeira do Brasil, um quadro negro ou verde. Os alérgicos a giz sentavam atrás. Os míopes, na frente. Os bagunceiros, isolados. A ventilação era natural, se passasse vento pelas janelas. Não havia ventilador ou reclamação de calor absurdo. As luzes eram incandescentes e, quando o mundo começou a mudar, assumiram as fluorescentes.

Quem perdia o ano era chamado de repetente. Nada de dependência de duas ou três matérias. Era passar ou passar. Ninguém queria ser repetente e ninguém deixava de ir às aulas sem um motivo realmente importante. Ser repetente era considerado vergonha.

Educação Física nem sempre era esporte. Havia exercícios, corridas, saltos, calistenia… Ninguém saía da aula sem um bom banho. Era impensável!

A média para passar era 5 (cinco). Mas isso era nota de mau aluno. Bom aluno não tirava menos de 7,5 (sete e meio). Aliás, todo mundo queria ser o melhor aluno da classe. Não tinha esse negócio de CDF ou de Nerd sendo ridicularizados pelos que não estudavam. Bom aluno era exemplo. E como tal era destacado e imitado pelos demais.

Estamos em 2017.

Salas de aula mais confortáveis, computadores, internet, ar condicionado, professores graduados e pós-graduados, vagas nas escolas públicas, recuperação, dependência, três avaliações por bimestre, menores de 18 anos não trabalham, não fazem tarefas de casa ou de aula, professores são responsáveis pelo não aprendizado de quem não se esforça, faltas às aulas e às provas, além de direitos garantidos pelo ECA.

E eu me perguntando se realmente evoluímos.

 

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