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Mensagem para Carolina – Professor Frederico Carvalho https://www.fredericocarvalho.com.br Seriedade e Respeito a São Gonçalo Sun, 19 Feb 2017 13:05:46 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.5 https://www.fredericocarvalho.com.br/wp-content/uploads/2020/09/cropped-favicon-32x32.png Mensagem para Carolina – Professor Frederico Carvalho https://www.fredericocarvalho.com.br 32 32 Qual a Missão https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/qual-a-missao/ https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/qual-a-missao/#respond Sun, 19 Feb 2017 13:05:46 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1498 Continue a ler »Qual a Missão]]>

MENSAGENS PARA CAROLINA IV

 

Carolina,

Demorei um pouco a lhe escrever, pois passei algum tempo refletindo sobre a vida, sobre os preocupantes acontecimentos que veem varrendo o noticiário no Brasil e no exterior, sobre a situação que o mundo atravessa no momento: os problemas ambientais do Planeta; o conflito de ideologias nos Estados Unidos; a influência da Rússia no mundo; a interminável guerra no Oriente; atentados na Europa; no Brasil a crise moral, estendendo-se para a política, a economia, os problemas de saúde com doenças anteriormente extintas, voltando a fazer vítimas como a Dengue, a Zika,  a Chikungunya, a febre amarela, e vai por aí afora. Cansei de pensar!

Dias atrás, eu conversava com uma amiga e ela falou dessas dificuldades que estamos passando e eu comentei das minhas preocupações quanto ao mundo e da sensação que eu tenho de que alguma coisa grandiosa, nova, diferente, está para acontecer (talvez ocasionada pela minha ansiedade em relação ao futuro)  no que ela, após fazer um gesto típico de arrepio,  respondeu: “Jesus não vai permitir que nada de mau nos aconteça, tenha fé, o futuro a Deus pertence!”. Sutilmente mudei logo de assunto prá não perder a amiga, pois, todos os fatos citados acima estão acontecendo realmente no mundo e o Brasil não está fora de contexto, portanto, estão sendo “permitidos” há muito tempo.

Desculpe se estou sendo chato, mas, acho que devido a minha visão diferente, acabo entrelaçando as idéias e o resultado é a minha implicância com pensamentos desse tipo que levam as pessoas a fecharem os olhos para a realidade e a ocultá-la atrás de pensamentos e frases de efeito, de cunho religioso, relativas a Deus e a Jesus, como se isso esgotasse o assunto e o resolvesse por definitivo. Como se não devêssemos fazer nada, sequer entender para poder agir. Aliás, sobre isso, já dispus meu pensamento  na mensagem “Saindo da Matrix”, que não vou  repetir aqui.

Como Espírita Cristão, entendo que, por mais que leiamos, que busquemos informações e sentido, estamos longe de entender a verdadeira missão de Jesus aqui na Terra para afirmarmos que Ele vai fazer isso, permitir ou não aquilo. Sabemos que Ele veio, iluminou nossos caminhos e nos proporcionou inúmeros exemplos,  vivenciando os Seus ensinamentos e depois, pela nossa ignorância, foi crucificado, como era costume fazer, na época, com criminosos, quando foi cometido o maior ato de injustiça jamais registrado neste Planeta de Provas e Expiações.

Afinal, que crime Ele cometeu? Por que Ele não se defendeu, não fugiu, não lutou pela Sua vida e nem permitiu que seus seguidores combatessem os soldados romanos que o procuravam, já que estavam em vantagem numérica naquele momento? E por que, já nos estertores da vida terrena, pede ao Pai para nos perdoar? Parece que há algo muito além de amor e bondade que não conseguimos compreender ou  imaginar nesse contexto e que não conseguimos enxergar com exatidão, já que Ele não afirmou nada sobre a sua missão nem deixou nada escrito. Aliás, Ele afirma “Eu não vim destruir as leis, mas sim fazê-las cumprir”. De quais leis Ele falava, das leis de Moisés, das Leis do Universo ou das Leis de Deus? Lembremos que, dentre os Seus ensinamentos morais, Ele destacava a “Lei de Amor” e pregava uma nova filosofia: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Eis aí um ensinamento moral que não deveríamos esquecer, pois parece uma Lei Universal que só os espíritos evoluídos conseguem absorver e cumprir.

No entanto, alguns segmentos religiosos mais ortodoxos e conservadores, entendem que Ele veio para “morrer na cruz e  dar o seu sangue para nos salvar”. Pergunto: Salvar de que? Do castigo do fogo eterno? Que Pai infinitamente bom e justo legaria tal sofrimento a um filho? Afinal, não nascemos simples e ignorantes e somos seres evolutivos? Devemos pagar e arder eternamente no fogo do inferno por termos feito uma opção errada num Planeta de livre-arbítrio? E como fica o ensinamento de que  “nenhuma ovelha do Bom Pastor seria perdida”, se muitas vão para o inferno? Pensando bem, se Ele deu a sua vida para “nos salvar”, parece que esse  objetivo ainda não foi alcançado, haja vista a quantidade de “pecadores e sofredores” que pululam em todos os segmentos da sociedade, inclusive no religioso, onde deveriam servir como exemplo.

No entendimento expresso na Doutrina Espírita, Jesus participou diretamente da criação deste Planeta e é o seu “Governador Espiritual”, não cabendo, assim, dentro de um raciocínio lógico, assegurar que Ele teve a sua origem a partir daqui apenas pelo fato d’Ele ter encarnado uma vez neste Planeta.  Seria um pensamento muito mesquinho em relação à grandeza desse Ser que pouco conhecemos, mas que muito amamos e respeitamos.

Para um Ser iluminado da Sua envergadura, parece pouco compreensível que toda a sua missão tenha sido realizada em tão curto período de tempo de três anos apenas, embora Sua vida aqui, reconheçamos, foi tão importante, que a sua impoluta presença dividiu o tempo em duas eras: “Antes  e Depois de Cristo”. Conheceu-se também a verdadeira lei Divina – o amor – e a filosofia que Ele pregou continua sendo disseminada até hoje, mesmo tendo passados mais de dois mil anos após a Sua encarnação. Mas, cabe ainda perguntar: O que Jesus fez antes dos trinta anos, e ainda, o que mais veio fazer aqui, tomando-se por referência os escritos bíblicos versus toda a sua condição e potencialidade?

Observemos, Carolina, que é muito interessante e considerável a informação contida no “Livro de Urântia”, que tenho certeza você conhece –  apesar da recomendação de que o seu conteúdo não seja usado como religião – onde afirma-se que  Michael de Nébadon encarnou na Terra, por sua escolha pessoal, recebendo o nome de Joshua Ben José,  objetivando  a sua auto-outorga, após a criação de um Universo originado da Nebulosa de Andronover.  Se Jesus teve realmente esse objetivo, durante todo o tempo em que esteve aqui, seus atos faziam parte de um processo dentro de um contexto por nós desconhecido, desde o nascimento até a sua sofrida crucificação, posterior ressurreição (?) e saída em definitivo do mundo carnal,  e que tiveram uma finalidade que integrava esse algo maior, ficando todos os belos ensinamentos e exemplos que deixou, como parte dessa coisa maior, que ainda não conseguimos entender, e que avaliamos caber somente aos espíritos de alta pureza e envergadura como Ele.

Análises e estudos do ex-padre, professor, radialista e escritor Carlos Torres Pastorino (Rio: 04/11/1910 – Brasília: 13/06/1980), que dedicou-se ao estudo da Doutrina Espírita e dos fenômenos mediúnicos, apontam para  conclusões análogas, na sua publicação “Sabedoria do Evangelho”, as quais esclarecem e combinam, de certa forma, com as do “Livro de Urântia”, apontando para a participação de Jesus num ritual de iniciação esotérica (conhecimento oculto que somente alguns iniciados podem atingi-lo), onde Pastorino assinala os sete passos seguidos por Jesus, no capítulo referente ao  episódio da “Transfiguração” no Monte Sagrado,  conclusões sobre as quais faço questão de registrar que não fazem parte do conteúdo doutrinário do Espiritismo, mas que sugiro a sua leitura e estudo por mostrar-se interessante àqueles que gostam de aprofundar-se nesses augustos mistérios, lembrando que Jesus, pela Sua grandeza, não tinha nada a expiar, mas podia aceitar as provas a que submeteu-se e impôs-se para completar o rito da auto-outorga, escolhendo este Planeta de Provas e Expiações para tal e, como era esperado, passando sublimemente em todas as provas.  

Enfim, Carolina, é estudar, pesquisar e chegar às próprias conclusões sem o pesadelo de estar cometendo algum pecado ou infringindo alguma lei, pelo fato de tentar entender melhor a presença de Jesus neste Planeta. Enquanto isso, volto a refletir sobre a vida, esvaziando o meu velho arquivo de idéias e renovando com outras que satisfaçam e deem respostas às minhas novas perguntas.

-o-

“Estou podando o meu jardim, estou cuidando bem de mim…” – Da música “Meu Jardim” – Vander Lee (Saudoso Poeta, Compositor e Cantor)

 

Abraços,

Elson Antunes

Fev/2017

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No campo das possibilidades https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/no-campo-das-possibilidades/ https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/no-campo-das-possibilidades/#respond Thu, 19 Jan 2017 00:21:17 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1400 Continue a ler »No campo das possibilidades]]>

Mensagem para Carolina III

 

Carolina,

De forma recorrente, a mídia tem explorado o tema relativo à aparição de objetos voadores não identificados (ovni’s) em diversos lugares do Planeta, admitindo, na maioria dos casos, a possibilidade de que tais objetos sejam provenientes de outros mundos, habitados por seres inteligentes, ou, em alguns casos, aceitando a possibilidade de ser tecnologia daqui mesmo, da Terra. Tudo no campo das possibilidades.

 

Como já propus anteriormente, necessitamos com urgência da formação de uma nova consciência, de um novo entendimento sobre assuntos polêmicos como esse que, até algum tempo atrás, não conseguíamos entender e admitir como real e que desperta interesses sob os aspectos científicos, militares, religiosos e místicos.

 

Vemos a notícia de que a Igreja Católica participa ativamente de pesquisas a respeito do assunto, mantendo em plena atividade o Observatório Astronômico do Vaticano, um dos mais poderosos observatórios da Terra, para ajudar na pesquisa de sistemas solares que possam ter planetas capazes de abrigar vida, localizado no Arizona – EUA, prestes a entrar em operação, visto aqui como um passo gigantesco para uma instituição religiosa conservadora que, há alguns séculos atrás, perseguiu cientistas/astrônomos como Nicolau Copérnico e Galileu Galilei, numa clara demonstração de que, à época, religião e ciência não andavam de mãos dadas.

 

Agora, Século 21, vemos a Igreja em busca de conhecimento através da pesquisa científica, atuando de forma discreta, já tendo iniciado a sua jornada à procura da verdade analisada e comprovada, e não mais através de antigos costumes e crenças ortodoxas que sempre nortearam suas ações. É uma notícia que devemos considerar e parabenizar, esperando que as descobertas sejam compartilhadas ao menos com o mundo científico e não fiquem trancadas a sete chaves nos porões do Vaticano, como ficaram as dezenas e centenas de informações e de história de que a Igreja é detentora, sem dar divulgação do seu conteúdo.

 

No meio Espírita Cristão o assunto é visto e aceito com mais naturalidade, como vemos na citação do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo (Paris, abril de 1864) – Cap. I – Item 8: “A Ciência e a Religião são duas alavancas da inteligência humana; uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Ambas, porém, tendo o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porque Deus não pode querer destruir a sua própria obra. …”.
Assim, já em meado do século 19, a Doutrina Espírita, procurando caminhar lado a lado com a ciência, busca harmonizar os seus conceitos e conteúdos, dando os devidos esclarecimentos a todos os fatos por ela estudados e expostos em seu Pentateuco, tendo como um de seus pilares a plena aceitação da pluralidade dos mundos habitados, esclarecendo sobre o assunto, na pergunta nº 55 do Livro dos Espíritos (Paris – Abril de 1857), a seguinte questão: “São habitados todos os globos que se movem no espaço?” – Resposta: “Sim e o homem terreno está longe de ser, como supõe, o primeiro em inteligência, em bondade e em perfeição. Entretanto, há homens que têm por espíritos muito forte e que imaginam pertencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que só para eles criou Deus o Universo.”

 

Como vemos Carolina, há 160 anos atrás, os Espíritos já afirmavam que não estamos sós no Universo; de que a presunção humana vem conduzindo o homem ao erro de se achar único ocupante desse vasto e desconhecido espaço que chamamos de Universo e, mesmo portadores desses conhecimentos, já encontrei dificuldades de falar sobre o assunto nos meios espíritas, apesar de cientes de que fazemos parte de uma grande família universal.

 

Também no livro “UNIVERSO E VIDA” (Espírito Áureo, por Hernani T. Sant’ana/Edit. FEB), assuntos complexos como esse são abordados numa visão espiritual muito clara sobre o que entendemos como “Universo”, esclarecendo que a evolução da Terra, desde a sua constituição até os dias de hoje, não se deu por acaso, mas pelo amor de procedência Crística, pelo trabalho e solidariedade universal dos seres evoluídos do cosmos, registrando a fraternidade com que fomos – e ainda somos – tratados por esses seres que vêm nos ajudar a evoluir, muitos deles bastante conhecidos, como os procedentes do sistema Sírius – a estrela mais brilhante observada no céu, pertencente à Constelação de Cão Maior – dentre os quais destacam-se Moisés (o Legislador), Maria de Nazaré – “A Magnânima” (símbolo do amor), João Batista (Chanceler da Justiça), Ana e Simeão, Isabel e Zacarias e o Carpinteiro José.

 

Esclarece-nos a dinâmica e a lógica da evolução dos mundos, onde destacamos uma situação comparável com o momento de transição pelo qual passamos atualmente na Terra. Conta o momento em que Sírius atingiu a fase de sistema de orbes “Regenerados” e espíritos que não conseguiram se enquadrar no novo padrão vibratório do planeta, foram transferidos para o sistema Capela, da Constelação de Cocheiro, que se encontrava num padrão mais baixo conhecido como “Provas e Expiações”, conforme ainda nos encontramos na Terra hoje.

 

Com o passar dos milênios, muitos degredados, já redimidos, retornaram à sua origem Siriana ou permaneceram e se incorporaram às atividades Capelinas. Outros, pela persistência em se manter na rebeldia e maldade, foram banidos para a Terra quando Capela ascendeu ao estágio de “Regeneração”. Passados milênios, muitos desses espíritos, após estágio e aprimoramento aqui na Terra, já redimidos e com a realidade vibracional mais alta, regressaram à Capela. Mas, como a história se repete, muitos optaram por permanecer aqui na Terra (Maria de Nazaré, Francisco de Assis, Bezerra de Menezes e outros), na tarefa de auxílio aos irmãos ignorantes e atrasados – mas nunca desamparados – na mais pura demonstração de amor à humanidade universal, colocando-se humildemente a serviço do Sublime Governador Planetário, O Cristo Jesus, deixando a lógica e a crença de que eles sempre estiveram conosco, sempre conviveram conosco, desde a formação do Planeta, formando essa imensa família universal, à qual pertencemos todos nós, ainda que incompreensível devido à sua grandeza.

 

Mas, como em toda família, existem alguns irmãos ambiciosos e cruéis, mais adiantados científica e tecnologicamente que nós, porém de baixa estatura moral, que nos rondam e muitas vezes nos assediam, referidos no livro como a “força do Poder das Trevas na crosta da Terra”. São os chamados Dragões que detêm conhecimentos sofisticados que nenhum cientista terrestre alcançou. São monitorados e controlados pelas forças do bem, chamados “Operadores Celestiais”, encarregados de aniquilar o lixo de saturação que infecta não só o Planeta como certas regiões do espaço. Somos protegidos por esses Guardiões, verdadeiros soldados do Cristo que estão sempre alertas aos atentados do “Poder das Trevas” instituída pelos Dragões.

 

Realmente nunca estivemos sós, mas, como a nossa caminhada ainda é lenta, longa e difícil, pouco entendemos desse complexo sistema, e mesmo vivendo sob o mesmo “teto da Casa Universal”, temos dificuldades de nos enxergarmos aqui na Terra como família, como irmãos, como amigos e, apesar de séculos e séculos de convivência humana, movidos pela nossa pequenez, ainda nos deixamos levar por movimentos fratricidas, onde o egoísmo, a maldade e a luta pelo poder sacrificam vidas humanas e emperram a nossa evolução. Por aqui, ainda erguemos muros e trincheiras e discutimos a paz falando de guerra; onde as forças de paz da ONU atuam portando tanques de guerra pintados de branco, num simbolismo da mais pura ilusão e ignorância humana. Ainda nos preparamos para a guerra e não para a paz, num Planeta onde, inteligentemente, devemos almejar ser um só País, sem fronteiras, sem mandatários, sem interesses pessoais, comandado por um Parlamento das Nações… será plural. Isso vai acontecer. Quando será? Quem sabe?

 

“Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse, já eu vô-lo teria dito …” – Jesus

 

Abraços,
Elson Antunes
Jan/2017

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Saindo da Matrix – Mensagem para Carolina II https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/saindo-da-matrix-mensagem-para-carolina-ii/ https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/saindo-da-matrix-mensagem-para-carolina-ii/#respond Sat, 17 Dec 2016 01:23:22 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1314 Continue a ler »Saindo da Matrix – Mensagem para Carolina II]]>

Carolina,

Mesmo com os níveis de informações e esclarecimentos atuais, ainda vemos muitos orientadores religiosos exercendo a sua tirania como supostos donos da verdade. Refiro-me a um livro lançado por uma liderança cristã que, segundo as notícias veiculadas sobre o mesmo, tem trechos que atacam outras religiões, inclusive cristãs, comportamento que a minha condição humana não consegue aceitar. Não vejo problema nas religiões, mas nas pessoas, muitas delas seguidoras fanáticas que não conseguem quebrar a casca que as envolvem, que as cegam, impedindo-as de ver a luz e de evoluir, tornando-as escravas, aprisionadas na ideia do absolutismo religioso. Fico pensando com os meus botões se não são pessoas que só leram – e ainda lêem – um único livro na vida e lembro de um antigo professor de português que sempre recitava o provérbio “Fuja do homem de um livro só”.

Este início de século foi marcado como uma era de muita informação e liberdade (ainda que relativa) e, mesmo assim, pasmem, há lideranças religiosas que conseguem atrair e “abduzir”, de forma sutil, às vezes até imperceptível, grande número de pessoas para o interior do seu opaco “dome” de vidro, aprisionando a mente das pessoas que se deixam levar pela ilusão ou pela fé irracional, esperançosas de perdão dos seus pecados, de garantir um lugar no céu, de felicidade eterna e saúde plena, dentre outras coisas. Nesse ambiente de confusão mental e cegueira coletiva, quero destacar dois pontos de interesses: 1º – A dos defensores movidos pela fé e dogmas religiosos, de conteúdo conservador ou mais liberal; 2º – A dos aproveitadores inescrupulosos que, movidos por interesses espúrios, se valem da pobre condição humana para se locupletarem à custa da ignorância alheia e da equivocada percepção da realidade. Para esses “vendilhões do templo”, manter esse estado de coisas entre o seu rebanho é fundamental para que se mantenham no cume da efêmera ilusão das conquistas materiais.

Alguém já disse que “ter informação é ter poder”. Sendo assim, uma das formas de se dominar uma pessoa e até um povo, é restringir-lhe ou negar-lhe informação e conhecimento, seja ele qual for, pois, impedir o pensamento é difícil, mas dificultar a expansão do raciocínio, de refletir e de fazer comparações, é possível, basta cortar o suprimento de informações e conhecimentos. Assim agem muitos, dificultando as pessoas de enxergarem uma nova realidade, de encontrarem alternativas de entendimentos e de interpretação, de forma mais racional, doutrinando-as a seu bel-prazer o que, em suma, consolida e mantém as pessoas nas sombras da ignorância. É uma forma de domínio do homem pelo homem, tornando-os, em muitos casos, incapacitados sequer de pensar e agir sozinhos, de ter suas opiniões respeitadas, de utilizar o seu livre-arbítrio.

Mesmo hoje, há casos que lembram a Europa pré-romana onde o povo Celta, considerado bárbaro, recorria à atuação do Druida, sacerdote e líder religioso, que opinava e decidia como juiz, atuava nos casos de aconselhamento e também de curandeirismo. Mas, ao contrário dos atuais, percorriam um caminho espiritual de natureza pagã e não Cristã.

Um exemplo dessa forma de atuação, é a situação que uma amiga passou recentemente, quando teve que se afastar da igreja onde havia começado a frequentar com o seu companheiro, por que os dois não estavam casados oficialmente. Foram chamados para conversa e aconselhamento e, depois de explicarem seus motivos particulares, não foram aceitos como membros até que se casem. Estão na dúvida se vão aceitar.

Como se vê, a opacidade do “dome”, distorce e até impede a visão de quem está dentro dele, e a presença das sombras externas dá a ilusão de se caminhar dentro da verdade absoluta e de estar agindo em consonância com a vontade de Deus, de quem não sabemos nada ou quase nada, pois ainda nos confundimos até para defini-Lo e entendê-Lo, apesar da quantidade de leitura disponível sobre o assunto.

Para reflexão e para que não fiquem aqui registradas apenas as minhas ideias, quero de antemão reafirmar a minha posição como espírita cristão – racional, mas não radical – e encerrar essa exposição ilustrando-a com a interessante forma de pensar do filósofo holandês Baruch Spinoza (1632 – 1677) que, já naquela época, expunha seu juízo crítico à religião, dizendo que ela era alimentada pelo medo e pela superstição, criando obrigações desnecessárias, atitudes inócuas e absurdas. Defendia o Panteísmo, pregava uma religiosidade racionalista e não acreditava na divindade do Cristo, separando a pessoa “Jesus” do Criador “Deus”, mas O colocava como o primeiro entre os homens.

Como vemos, seu pensamento filosófico pode ser considerado profano, mas, convenhamos, de caráter libertador, muitos dos quais compartilho, o que obviamente colidia com a religião dominante da época, fechada em torno de si, e que não permitia outro entendimento dos textos bíblicos que não o seu, enclausurando, dessa forma, os seus seguidores nas sombras do desconhecimento e nas suas ortodoxas interpretações dos ensinamentos morais provenientes dos Hebreus e do Cristo Jesus.

Alguns pensamentos de Spinoza: “Um entendimento finito não pode compreender um infinito”; “O ignorante chama de milagre os eventos extraordinários da natureza”; “A fé sem obras é morta”; “Buscar a igualdade entre os desiguais é um absurdo”. Segundo ele, os “pensamentos de Deus” seriam: “Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor”; “Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz… Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio.

Como posso te culpar, se respondes a algo que Eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que Eu poderia criar um lugar para queimar a todos os meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso? … Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Não Me procures fora! Procura-me dentro… aí é que estou, batendo em ti”.

Ainda, na sua visão Panteísta: “Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti…. quando beijas a tua amada, quando agasalhas a tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar”.

Spinoza foi acusado de heresia e excomungado em 1656 pela Igreja, pois mostrava-se irredutível quanto a sua opinião, criticando os dogmas e os rituais sem sentido, bem como o luxo e a ostentação da Igreja. Não se converteu ao cristianismo, mas nem por isso deixou de proferir seus pensamentos acerca da religião, muitos dos quais classificamos como sábios, embora ditos no Século XVII, mas que continuam verdadeiros em pleno Século XXI.

Como pode ver Carolina, ainda temos muito que avançar. Optemos pela porta estreita do conhecimento que, certamente, conduz à liberdade e permite o acesso à matrix que ainda nos mantém prisioneiros em seu útero, que impede o nosso “fiat lux”, não nos deixando nascer verdadeiramente para a vida. Saiamos da obscuridão e do medo, para que possamos desvendar os mistérios da vida, do tempo e do Universo.

“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” – Jesus.

Abraços,

Elson Antunes

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Sobre o Espiritismo https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/sobre-o-espiritismo/ https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/filosofia-religiao/sobre-o-espiritismo/#respond Thu, 01 Dec 2016 13:09:22 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1283 Continue a ler »Sobre o Espiritismo]]> (MENSAGENS PARA CAROLINA I)

 

Amiga Carolina, solidarizo-me com você quanto ao seu correto posicionamento e providências que tomou a respeito do comentário de um amigo seu no Facebook, cujas palavras por ele registradas a respeito do ESPIRITISMO, denotam, não só pensamentos preconceituosos (e quem sabe atitudes?), como,  também, total ignorância a respeito do assunto.

Observa-se hoje,  grande número de comentários nas redes sociais, expondo críticas de pessoas a respeito dessa ou daquela religião, muitas delas extremamente tendenciosas, tentando demonstrar  que determinadas religiões  são melhores que as outras, deixando transparecer a ilusão de serem donas da verdade.

Nota-se, no caso do Espiritismo e também das religiões afro, que ainda é grande a perseguição e o preconceito, e que,  em pleno Século 21, parece que a sociedade retorna ao passado sombrio da fogueira inquisidora, haja  vista impropérios e acusações dirigidas à Doutrina Espírita, numa expressa tentativa não só de ofendê-la, mas também de satanizá-la,  jogando-a  num patamar inexistente de “escória das religiões”, caída no limbo, como forma de desprezo e descaracterização como religião. Não sabem do que estão falando! Com os pensamentos paralisados pela ilusão e pela cegueira do fanatismo,  não pararam para pensar, sequer: “o que é e prá que serve a religião?”. Pergunto: Qual religião é perfeita? Qual a religião de Jesus? Qual religião Ele fez referência nos Seus ensinamentos? Respondo: NENHUMA. As religiões foram criadas pelos homens, que introduziram nelas as suas virtudes e os seus defeitos, de acordo com a sua condição, sua vontade e a sua interpretação . Daí, a imperfeição delas.

Sobre a sua finalidade, tenho um amigo espírita que diz: “A religião é como uma bengala que ainda precisamos para caminhar”. Nesse pensamento fica caracterizado  que as religiões são  um meio, não um fim. As religiões não dizem todas as verdades por não conhecê-las. Não são totais e absolutas, pois nossos conhecimentos são limitados e relativos. Sabemos que o homem pode evoluir moralmente, sem  precisar da “bengala” religiosa, sem fanatismo em crenças que o aprisionam na “matrix”, mas também sabemos que são raros esses espíritos evoluídos encarnarem por aqui, como o exemplo citado – o Cristo, além de outros que contribuíram com seus pensamentos e bases filosóficas como Siddharta Gautama (Buddha), Krishna, Lao-Tsé, Confúcio, Sócrates e outros.

A ignorância nesse assunto ainda é tão grande, que vemos todos os dias nos noticiários, guerras, crimes e barbaridades sendo cometidas em nome de uma religião, seus costumes e regras primitivas, onde as vidas humanas não têm qualquer valor se as pessoas não comungarem do mesmo ideal religioso, subvertendo um dos pilares do ensinamento cristão “Amai-vos uns aos outros”, sem falar nos modernos “vendilhões do templo” que usam e abusam, vendem e revendem os ensinamentos do Cristo no “mercado religioso”, fazem “milagres” e “profetizam” em nome do Senhor.  Como consta nos ensinamentos do Espírito Humberto de Campos, Judas vendeu Jesus por trinta dinheiros, mas hoje Ele é vendido por qualquer dinheiro e em qualquer lugar.    

Voltando ao Espiritismo, sabemos, até que se  prove o contrário, que é a única religião não criada pelos homens, foi criada pelos Espíritos, daí o nome Espiritismo. Não foi criada por Allan Kardec, como muitos  pensam. Este foi o grande Codificador da Doutrina, mas não o seu “inventor”. Kardec representa uma grande referência para o Espiritismo, mas não é o seu “dono”. É o seu ilustre Codificador.

A Doutrina Espírita não se caracteriza como uma religião propriamente dita, pois não concebe uma estrutura hierárquica formal de organização, não usa, dentre outras coisas, imagens, rituais, nem  pompas, vestimentas especiais, tronos, símbolos  etc. Não recolhe dízimo, não realiza e não cobra por “trabalhos”. Espiritismo não é Afro-religião, mas respeita os seus seguidores assim como  as demais religiões. O Espiritismo, como Cristianismo Redivivo, vem também relembrar e praticar os ensinamentos de Jesus; pregar a existência da reencarnação como um dos seus fundamentos e ratificar que não estamos sozinhos no Universo, daí defender a pluralidade dos mundos.  Espiritismo é, resumindo,  o somatório de religião, filosofia e ciência. É uma Doutrina.

O Espiritismo ensina que a boa religião é a prática  do AMOR ao próximo, é o PERDÃO ao desafeto, é a CARIDADE para com os mais necessitados, é FAZER O BEM  sem olhar a quem. É orar e pedir/vibrar, mas é também realizar, trabalhar e ter fé (certeza). O Espiritismo prega o crescimento moral e o espiritual, sem desprezar o intelectual. Mostra que a condição humana atual  ainda está muito aquém do nosso Modelo e Guia – Jesus.  Mostra que a reencarnação, além de natural no curso da vida, é a mais pura demonstração da Justiça Divina, onde cada um colhe o que plantou.  Mostra com absoluta clareza  “quem somos”, “de onde viemos” e “para onde vamos”. Mostra que Deus, como bom Pai, não castiga seus filhos; que não existe céu nem inferno, portanto, não existem penas eternas; que o maior algoz do homem não é o outro, mas ele mesmo, a quem a sua consciência constantemente cobra. Que devemos  combater, todos os dias, a nossa ignorância, que nos prende ao orgulho, à vaidade, à arrogância, à teimosia, ao desamor etc…

No Espiritismo aprendemos que a boa religião não precisa de  títulos pomposos,  de suntuosos templos,  tampouco de riquezas materiais. As reuniões podem ser feitas em qualquer lugar onde possa ser levada a BOA NOVA, isso mesmo, somos Espíritas Cristãos e  temos, nos ensinamentos do Mestre, a luz que nos guia pela senda da vida.

Finalizando, amiga Carolina, desejo que atitudes como a desse amigo,  dignas de perdão pela manifesta ignorância, não  constituam em ações comuns que caracterizem o simples prazer em praticar e divulgar a malfadada intolerância religiosa, ato de sectarismo que cristaliza opiniões e induções a erros, num momento difícil em que  tanto carecemos de esclarecimentos, de  amor, paz e união.

Abraços,

Elson C. Antunes

Nov/2016

 

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