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São Gonçalo – Professor Frederico Carvalho https://www.fredericocarvalho.com.br Seriedade e Respeito a São Gonçalo Sun, 24 Feb 2019 15:41:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.5 https://www.fredericocarvalho.com.br/wp-content/uploads/2020/09/cropped-favicon-32x32.png São Gonçalo – Professor Frederico Carvalho https://www.fredericocarvalho.com.br 32 32 Qual o papel da Câmara Municipal no processo de recuperação da nossa São Gonçalo? https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/pereira-da-silva-pereirinha/qual-o-papel-da-camara-municipal-no-processo-de-recuperacao-da-nossa-sao-goncalo/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/pereira-da-silva-pereirinha/qual-o-papel-da-camara-municipal-no-processo-de-recuperacao-da-nossa-sao-goncalo/#respond Sun, 24 Feb 2019 15:41:46 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1799 Continue a ler »Qual o papel da Câmara Municipal no processo de recuperação da nossa São Gonçalo?]]> Boa pergunta, não acham meus amigos!?

         É boa porque é preciso, imperioso até, esclarecer a razão da existência dos senhores vereadores dentro do campo político do poder.

         Ninguém ignora que os vereadores – na Câmara de São Gonçalo são 27 – foram eleitos, junto com o prefeito da cidade, por segmentos da população, trabalhadores e donas de casa, que passaram a representar no parlamento, em seu conjunto, toda a população residente da cidade.

         E o que deveria fazer esses vereadores, em nome do povo?

         Todos nós sabemos o que deveriam fazer, só que poucos ou quase nenhum deles trabalham para garantir os direitos dos trabalhadores, das donas de casa, dos jovens, das crianças e dos idosos.

Creio firmemente que isso é verdade.

As ruas estão esburacadas e viraram lixeiras, em alguns bairros. As praças – a maior parte delas – foram abandonadas. A maioria das ruas está na escuridão, com lâmpadas queimadas, facilitando com isso o aumento crescente da violência, dos assaltos e roubos.

E então, o que me dizem!?

Esperem! Vou continuar, meus amigos, porque voltou o lenga-lenga da Ampla, agora Enel, com essa história de Audiência Pública e de CPI.

Quem entende muito disso é o Ricardo Pericar, vice-prefeito da cidade que elegeu o Zé Luiz para salvar a pátria, coitado!

Sim, vou continuar. Aguardem.

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Qual a São Gonçalo que queremos? https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/pereira-da-silva-pereirinha/qual-a-sao-goncalo-que-queremos/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/pereira-da-silva-pereirinha/qual-a-sao-goncalo-que-queremos/#respond Sun, 17 Feb 2019 13:56:03 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1792 Continue a ler »Qual a São Gonçalo que queremos?]]> Não tenho o hábito de copiar ou imitar, mas, convenhamos, a campanha da TV Globo, que antecedeu as eleições gerais de 2018, foi exemplar.

Mas, não precisamos de campanhas pontuais, ocasionais ou esporádicas. Precisamos, isto sim, de consciências ativas e permanentes para remediar, prevenir e até resolver, senão todas as questões que nos afligem, mas pelo menos os mais graves problemas que nos atingem, nos diminuem e nos indignam.

Digo nossos porque eles são nossos mesmos. Pois bem, quem elegeu o prefeito Zé Luiz foi uma suposta maioria dos moradores e eleitores gonçalenses, como eu, que votamos nele. Daí somos nós que devemos tirá-lo da cadeira em que está sentado, afastando com ele todos ou quase todos os demais que estão ao seu lado.

Essa é a nossa resposta a pergunta “qual a São Gonçalo que queremos?” para nós, nossos filhos e nossos netos. A resposta é a insatisfação, a indignação e o asco ao que estamos vendo aí, porque queremos administradores dignos, corretos, honrados e honestos.

E os senhores vereadores?

Ficam pra depois, meus amigos.

Jornalista PEREIRINHA

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Salve-se quem puder, mas continue educando! https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/salve-se-quem-puder-mas-continue-educando/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/salve-se-quem-puder-mas-continue-educando/#respond Sat, 16 Feb 2019 13:39:43 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1785 Continue a ler »Salve-se quem puder, mas continue educando!]]> Tenho consciência de que o dinheiro é escasso para toda a classe trabalhadora. E também tenho consciência de que os políticos nunca se interessaram muito pela educação.

Educação não interessa aos políticos porque independentemente do que se estuda, sempre se sabe um pouquinho mais. E quem sabe mais, ou se revolta ou é mais um para dividir a astúcia e reduzir o ganho.

Brasil, Ordem e Progresso; Pátria Educadora; Educação para todos; Pátria amada, Brasil… Muitos slogans, pouca ação conclusiva.

Durante muito tempo importamos modelos de educação, principalmente da Europa e dos Estados Unidos. E quando criamos alguma coisa no Brasil, é apenas para as exceções. A educação inclusiva no Brasil, por exemplo, não parte nem da área de educação. Apenas foi absorvida por esta.

A Lei do “Calote”, de FHC, permite que o aluno menor de idade, mesmo inadimplente, tenha direito a todas as aulas, avaliações, documentos e regalias que o aluno que paga tem. A escola e os professores têm que trabalhar normalmente com esse aluno. Só que a inadimplência cresce, não só por parte do que não pode pagar, mas por parte do que pode e que sabe que nada vai acontecer a não ser perder o seu crédito, caso a escola inclua nos serviços de proteção financeira.

O grave problema da inclusão é que para os que criam e apoiam a lei, todos podem ser incluídos. E segundo as próprias APAEs, nem todos estão no mesmo nível. Enquanto as escolas do governo lutam para reduzir seus gastos e otimizam turmas, as particulares, que precisam dos alunos, devem contratar mediadores e arcar com os custos, não tendo como remunerar melhor o professor.

Aliás, a remuneração baixa do professor é fruto também do desamparo em que se encontra a Escola Particular.

Pensemos bem. Para sobreviver, a Escola Particular tem que pagar impostos. E São Gonçalo não é um município que facilite as coisas. Tem que pagar energia elétrica alta porque precisa ter ar condicionado nas salas. Tem que ter laboratórios e bibliotecas funcionando. Tem um baita gasto de água. Tem que cobrar o mínimo, para ter alunos. Tem que receber pessoas com deficiência e se adequar a elas com rampas, banheiros apropriados, sinalização, redução de alunos por sala, mediadores, etc., sem poder aumentar o valor da mensalidade. O que sobrará para os educadores e para o mantenedor? Isso sem contar com as escolas não regularizadas e que não pagam qualquer imposto ou taxa, reduzindo o número de alunos circulantes no mercado, de forma desonesta.

Se o professor apenas sobrevive, trabalhando em três turnos, é porque alguma coisa não está correta. Não falo de enriquecimento, falo de sobrevivência.

Pobre educação. Pobres educadores. Mas sobretudo, pobre povo que não conta com governos coerentes e decentes no tocante à Educação. Escolas falindo, professores insatisfeitos, currículo elaborado por quem nunca militou na Educação Básica, por quem nunca ensinou a ler ou a escrever ou a contar.

E vamos em frente nesse “salve-se quem puder” de uma educação de qualidade inferior à da Etiópia, cheia de slogans, cheia de incompetentes dominando e sem resultado prático que eleve a capacidade do povo.

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Tudo muito sem graça https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/tudo-muito-sem-graca/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/tudo-muito-sem-graca/#comments Mon, 12 Mar 2018 00:33:10 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1733 Continue a ler »Tudo muito sem graça]]>

– Frederico Carvalho – 

De dois em dois anos, coincidindo com a Copa do Mundo ou com as Olimpíadas, quem sabe, até de propósito, acontecem as eleições no Brasil. E as campanhas são mais interessantes que as “janelas partidárias”. Aliados se tornam opositores ferrenhos, amigos jamais se conheceram, opositores viram amigos de infância e a confusão está mais do que formada. Bem, ao menos para o povo, que não entende nada. Para os políticos não. É tudo jogada bem arquitetada para iludir os eleitores, na maioria das vezes, desinteressados pelo pleito.

Política perdeu muito do sentido de “arte de conciliar” para se tornar a “arte de enganar”.  E enganar alguns pode não ser algo tão vantajoso como enganar muitos. E para isso exige-se muita estratégia, infraestrutura e muito discurso, sempre pendendo para as necessidades jamais satisfeitas do povo.

Não é à toa que saúde, transporte, educação, emprego e segurança estão em primeiro lugar no rol dos assuntos mais elencados. Principalmente porque sempre foram esses os itens que faltaram em todos os governos. Coisas nunca resolvidas.

O Café Social foi mais uma forma de iludir a população.

Assunto da moda está sendo a “corrupção” ou o seu inverso, “a honestidade”. Os que ainda não foram julgados são “ficha limpa”. Os que já foram, são pobres injustiçados e recorrem, recorrem, recorrem e continuam recorrendo contra os dispositivos “legais” que eles próprios aprovaram enquanto não acreditavam ser pegos.

 

O discurso das Barcas para São Gonçalo já tomou forma. A gente se ilude porque quer!

O Metrô é um desafio à matemática: não possui e, pelo jeito, jamais possuirá a Linha 3.

Até o BRT, que é um prêmio de consolação de mau gosto, “Cavalo de Tróia” de interesse dos empresários do setor, está silencioso, talvez esperando a velha perplexidade do eleitor após os resultados.

E ainda dizem que querem “regulamentar” os aplicativos de transporte da cidade, como se isso não fosse para onerar mais o povo em nome de mais arrecadação negociada para rechear os bolsos de alguém – ou de certos “alguéns”!!!

Votaremos para presidente, senador, deputado federal e deputado estadual. Pleito sem nomes confiáveis, sem confiança nas urnas, sem confiança nos políticos, tampouco no judiciário.

O Metrô é um desafio à matemática: não possui e, pelo jeito, jamais possuirá a Linha 3.

E o gonçalense vai assistir a todo um elenco de políticos de fora pedindo voto aqui e votará neles pela fama, pela falta de informação, pela falta de participação na vida local… Afinal, São Gonçalo, apesar dos contrários, ainda é uma cidade dormitório. Conhece os políticos de Niterói e da capital, mas nada conhece ou não valoriza os seus. Mete pau nos governos, mas os elege. E de quebra acredita nas mesmas promessas de sempre. Políticos crescendo, São Gonçalo decaindo.

E segue o trem. Frágeis locomotivas, mesmos vagões enferrujados e fora dos trilhos. “Café com pão!”, “Piuíííí”, “Café com pão!”, “Café com pão!”

 

Melhor parar! A onomatopeia me lembrou do Café Social do governo passado. Muito sem graça.

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Oriente-se! https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/oriente-se/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/oriente-se/#comments Sun, 31 Dec 2017 14:29:38 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1703 Continue a ler »Oriente-se!]]> Jamais entenderei aqueles que não viram 2017 como um bom ano. Claro que foi um ano difícil, mas teve seus méritos, com certeza.

2017 foi um ano em que muitas personalidades foram reveladas, ou se preferir, que muitas máscaras caíram.

Muita gente conseguiu enxergar que a roubalheira prejudicou o país em bilhões de dólares, muita gente enxergou que o governo atual pouco ou nada fez para melhorar a vida do povo. Porém, só alguns poucos repararam que já havia uma fragilidade anterior, em que se sacava mais do que se depositava, apesar dos depósitos serem vultosos.

O maior depositante, o povo, se viu lesado em sua condição de proprietário. Delegou comandos equivocados a seus gerentes e estes além de salários acima do mercado, encheram-se de lucro indevido, dilapidando bens e direitos de quem os paga.

Os juízes maiores deste país estão estupefatos com a quantidade de podridão que cai em suas mãos e não conseguem chegar a lugar algum porque entre eles há os que se apequenam e não reconhecem a responsabilidade do que há sob seus martelos.

Há aqueles que apelam para os militares, já que as instâncias superiores do judiciário pouco fazem em favor do povo. Só que a caserna é formada por povo também. Os abastados ali são pouquíssimos e não recebem o mesmo que um legislador ou um juiz. Sem contar que o verdadeiro militar do século 21 nada tem a ver com o militar de 1964. O militar de hoje estuda, é mais sensível à família, não goza de prestígio e nem rancho decente tem. Não posso dizer que o militar do século 21 não queira poder. Ele quer poder… sustentar a família, viver com dignidade, aposentar-se com decência, viver a sua vida sem incomodar os outros.

2017 foi bom porque revelou o quanto não podemos crer nos legislativos que nós mesmos empoderamos. Senado, Câmara dos Deputados, Alerj e Câmara Municipal, tudo fraco, tudo em iates assistindo o povo a se afogar.

Tomando o exemplo daqui, o que a Câmara Municipal de São Gonçalo fez de relevante na atual legislatura? NADA! Não existe! É morta! Sequer respeita o estado laico. Profere-se muito da Palavra, mas em nada pratica-se o que se diz. Projetos? Fiscalizações? NADA! Quem vota não é o eleitor, mas o seguidor religioso, que vê o messias em seu pastor. E quando assim não é, houve muito dinheiro gasto com a eleição. Mais dinheiro do que toda a legislatura pagaria. E isso tem que ser analisado e expurgado definitivamente da política. E se o país realmente tomar um rumo, acredito que muita gente ainda acerta as contas com a justiça em 2018.

Mas 2017 foi um bom ano porque nos fez ver tudo isso. Porque muitos trabalharam pela decência, pela melhoria da cidade, do estado e do país. Porque muitos sofreram com a falta de salário e perceberam ter votado errado para, quem sabe, acertar da próxima.

2018 será um ano melhor. Vão abrir algumas comportas de bondade porque vem eleição grande aí. Eles precisam oferecer uma balinha para o povo que já não se alimenta como no tempo do Plano Real e que perdeu gradativamente cada direito até chegar ao hoje.

2017 foi bom porque nos fez enxergar e, com certeza, nos balizará por um 2018 melhor, desde que cada um abra seu coração para dar também o melhor de si.

Um último recado aos políticos menos afeitos à coisa pública: sua batata pode estar assando agora e você pode cair no ostracismo. Faça mais e melhor enquanto é tempo. Esse papinho de fiscalizar obrinha não dá mais. Oriente-se!

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Guardas armados? Prefiro-os vivos! https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/guardas-armados-prefiro-os-vivos/ https://www.fredericocarvalho.com.br/autores/frederico-carvalho/guardas-armados-prefiro-os-vivos/#comments Thu, 26 Oct 2017 14:42:22 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1663 Continue a ler »Guardas armados? Prefiro-os vivos!]]> Para conseguir o que desejam, políticos usam ações inversas na tentativa de fazer a cabeça da população.

Desarmar o cidadão com a falsa promessa de segurança foi uma das mais horrendas. Deu tempo suficiente para os bandidos se armarem mais e de promoverem as maiores barbáries. A prática do latrocínio aumentou absurdamente. A polícia não acompanhou, o povo não reagiu e agora ninguém quer sair de casa tarde para ir a lugar nenhum, a não ser quando tem algum salvo-conduto. “Happy Hour” se transformou em Hora do Pesadelo.

Policiais morrem pelo simples fato de serem policiais, mesmo dentro de suas próprias casas. Ficam sem as armas e pagam pelos seus colegas que se associam à bandidagem. Muito triste!

A Guarda Municipal, que via de regra atende bem às pessoas, não pode sofrer a violência de ser armada. Ela é criada para proteger o patrimônio público e auxiliar na ordem pública e no trânsito. Não tem as mesmas funções de policiais militares.

Armar a Guarda Municipal é o mesmo que condenar seus integrantes ao tombamento. É o mesmo que conduzir cada profissional ao corredor da incerteza e da morte.

É claro que há aqueles que trabalham errado. A coletividade é formada de indivíduos. Mas a maioria gritante é formada por chefes de família, mulheres respeitáveis e jovens entusiasmados com a possibilidade de aprenderem cada vez mais. Precisam muito mais de um rádio do que de uma arma. Quando muito, precisam ser apoiados pela PM.

Nossa Guarda não precisa de armamento de fogo para ser respeitada. Precisa de salário digno, de aprendizagem continuada, de condições de trabalho e de segurança, como qualquer cidadão. Se alguém ali dentro quer portar arma no trabalho, que entre para a Polícia. É um direito. Mas desvirtuar a missão dos “Combatentes Pela Ordem Pública” é um crime que não podemos deixar nossos políticos cometerem. Uma covardia a mais com o povo de nossa cidade.

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Dois senadores imperiais https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/sao-goncalo/dois-senadores-imperiais/ https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/sao-goncalo/dois-senadores-imperiais/#respond Sun, 21 May 2017 15:03:16 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1612 Continue a ler »Dois senadores imperiais]]>

São Gonçalo pode (e deveria) orgulhar-se de dois senadores imperiais que aqui estiveram, por motivos diversos: o goiano José Inácio Silveira da Motta, que foi dono da Ilha das Flores, e o baiano Joaquim Jerônimo Fernandes da Cunha, cujos  últimos anos de vida passaram-se em um sítio em Rio do Ouro.

Silveira da Motta nasceu em Goiás em quinze de fevereiro de 1811, foi enviado por seu pai a Lisboa para formar-se em direito na Universidade de Coimbra, mas, com a criação do curso jurídico em São Paulo, preferiu retornar ao país e aqui diplomar-se. Órfão aos 21 anos, tornou-se arrimo de família e não deixou de estudar, vindo a ser diretor da Faculdade de Direito paulista e alcançou notoriedade pelas defesas de réus nas quais sustentava teses inovadoras, depois incorporadas ao mundo jurídico brasileiro.

Eleito deputado provincial em Goiás, exerceu o mandato de 1842 a 1850, ano em que viria a ser escolhido deputado geral (hoje, federal) pela província de São Paulo, onde já se fixara. Durante os quatro anos seguintes, exerceu a deputação e foi escolhido senador, representante de Goiás, mandato em que permaneceu de 1855 a 1889. Nesse período, adquiriu a Ilha das Flores, em Neves, São Gonçalo, onde passava temporadas com a família e brincava com os filhos, sobretudo o Artur (1844, SP, capital – 1914, Rio de Janeiro, RJ), que viria a ser o Barão de Jaceguai. Ali também enfrentou um dos maiores dissabores de sua vida: no dia 18 de janeiro de 1874, seu filho Júlio César foi passear de canoa, naufragou e morreu afogado. Quatro anos depois, o senador vendeu a ilha para o Governo Imperial instalar uma hospedaria de imigrantes, atual base da Tropa de Reforço da Força de Fuzileiros da Marinha do Brasil. De autoria do então deputado Silveira da Motta é a lei de 12 de junho de 1862 que estabelecia, entre outras medidas, a proibição de venda de escravos sob pregão e exposição pública, bem como proibia que, em qualquer venda, fossem separados o filho do pai e o marido da mulher, hoje considerada a primeira lei brasileira de proteção das crianças.

Conselheiro de Estado e detentor da comenda da Ordem da Rosa, no grau de oficial, Silveira da Motta não fazia da Ilha das Flores apenas um local de lazer. Pelo contrário, ali investiu em inovações, como a criação artificial de peixes de água salgada para o comércio e também o repovoamento da Baía de Guanabara, já na época sentindo os efeitos da pesca predatória. Construiu seis piscinas, alimentadas pela água do mar, onde criava doze mil peixes, de nove mil espécies, especialmente meros, robalos, garoupas e badejos.

O projeto era tão bom que interessou ao Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, que lá mandou uma comissão (José Agostinho Moreira Guimarães, Henrique de Beaurepaire Rohan, A. Vítor de Borja Castro e Francisco Manoel Álvares de Araújo), em 10 de março de 1876, a qual ficou entusiasmada e propôs sua compra pelo governo imperial, o que veio a ocorrer em novembro de 1878, por 500 contos de réis. Com isso, Silveira da Motta afastou-se da propriedade e ficou a viver exclusivamente no Rio de Janeiro, aonde veio a falecer em 16 de outubro de 1893.

Já Fernandes da Cunha teve aqui presença menos notável, embora sua história seja engrandecedora. Nascido em Juazeiro, Bahia, em 30 de setembro de 1827, veio para o Rio de Janeiro ainda criança e fez estudos secundários no Colégio Perret, ingressando a seguir na Escola Central, mas desistiu da engenharia e formou-se em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Olinda, em 1847, tendo sido promotor público de Sento Sé e de Recife, de 1848 a 1854. Deputado provincial baiano de 1853 a 1856 e deputado geral (federal) de 1857 a 1860, o imperador Pedro II nomeou-o senador pela província da Bahia, em quatro de abril de 1871, havendo tomado posse em 17 de maio seguinte e exercido o mandato até a proclamação da República, em 1889.

Desde 1877 já fixara residência em Niterói, onde morara em São Domingos, Icaraí e Praia das Flechas, e acabou sofrendo duplo e rude golpe a 15 de novembro de 1889, data em que foi proclamada a República e na qual faleceu sua mulher, Ana Adelaide Neto Fernandes da Cunha, que lhe dera o filho Joaquim Jerônimo da Cunha Júnior, advogado que faleceu em Niterói em 1934.

Fiel à Monarquia e traumatizado com a morte da esposa, afastou-se da vida pública e recolheu-se à fazendola que possuía em Rio do Ouro, São Gonçalo, onde passou a viver da pequena lavoura. Certamente, com a perda do poder os amigos desapareceram e ele começou a enfrentar sérias dificuldades de sobrevivência, a tal ponto que a própria República decidiu, em 26 de julho de 1900, conceder-lhe uma pensão. Em primeiro de agosto seguinte, mantendo sua dignidade, Fernandes da Cunha recusou a pensão, argumentando, entre outras razões: “Rejeito a graça e, salva a intenção, repilo-a como afronta e ultraje à minha obscura pessoa e à minha pobreza honrada.”

Sua saúde começou a agravar-se e, em julho de 1903, recolheu-se à residência de seu cunhado, almirante Francisco José Coelho Neto, no bairro de São Domingos, em Niterói, e ali veio a falecer em 31 de agosto seguinte. Sepultado no Cemitério de Maruí, dezenas de coroas ornaram seu esquife, entre elas a do Barão do Rio Branco com a inscrição “Homenagem do amigo e velho admirador”. Fernandes da Cunha é patrono da cadeira 36 da Academia de Letras da Bahia e foi nome da antiga Estrada do Rio do Ouro Pequeno, até 1984, quando a Câmara Municipal de Niterói o substituiu por proposta do vereador Paulo Henrique de Oliveira, sob o argumento de que não sabia quem fora o senador. Lá, como cá, ignorância há.

 

Fontes: Site do Senado da República na internet.

            Banco de Deputados da Câmara dos Deputados – Bandep.

             Relatório do Chefe de Polícia, p. 14, anexo à mensagem do presidente da província Manoel José de Freitas Travassos, à Assembléia Legislativa Provincial, em 08-09-1874.

             Relatório de comissão especial do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, de 20/03/1876, acervo de Rui Aniceto Fernandes.

            Veronese, Josiane Rose Petry, Os Direitos da Criança e do Adolescente, Editora LTr, 1990.

            O Fluminense, 15/11/1878, p. 4; e 01/09/1903, p. 2.

            Academia de Letras da Bahia.

            As ruas contam seus nomes, de Emmanuel de Macedo Soares, p. 392/393.

            Almanak Laemmert para 1880, suplemento, p. 134.

    

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Nosso Homem na Serra https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/sao-goncalo/nosso-homem-na-serra/ https://www.fredericocarvalho.com.br/tema/sao-goncalo/nosso-homem-na-serra/#respond Sun, 23 Apr 2017 00:29:29 +0000 https://www.fredericocarvalho.com.br/?p=1583 Continue a ler »Nosso Homem na Serra]]>

 

Um dos mais destacados gonçalenses no final do Império e princípio da República foi, sem dúvida, o médico Hermogênio Pereira da Silva, a quem a sua cidade natal não dedica uma só homenagem, embora sua memória seja cultuada no município pelo qual se empenhou, projetando o nome de São Gonçalo além de seus limites: Petrópolis.

Filho de Hermogênio Pereira da Silva (seu homônimo) e de Cândida Tibre Pereira da Silva, nasceu na Fazenda Engenho Novo do Retiro (destruída por descaso do governo estadual na década de 1990), em Cordeiros, São Gonçalo, em sete de janeiro de 1848. Casou-se com Maria Antônia Abreu e Souza [Pereira da Silva], de quem teve sete filhos, enviuvou e realizou segundas núpcias em 1885 com Carolina de Sá Carvalho [Pereira da Silva], que lhe deu mais três filhos. Faleceu em cinco de maio de 1915 em Petrópolis, onde foi sepultado.

Lembrado em outras cidades, Hermogênio Silva  não é lembrado no município em que nasceu: São Gonçalo.

Hermogênio ingressou na Escola de Medicina da Corte e, ainda estudante, foi como voluntário para a Guerra do Paraguai, de lá retornando para concluir o curso e viajar à Alemanha, em 1872, onde se especializou em oftalmologia, com passagem por hospitais alemães, franceses e ingleses. Ao voltar ao Brasil, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, RJ, e ali não apenas praticou a profissão como ingressou na política.

Vereador na Câmara Municipal carioca, de 1881 a 1884, apresentou projetos que indicavam sua aguda visão por serem a antecipação de obras depois realizadas e fundamentais para o Rio, como o Corte do Cantagalo e os Túneis Velho, Santa Bárbara e Rebouças. Mas, sua posição no legislativo da Corte era incômoda. Suas lembranças da escravatura e do coronelismo na região em que nascera (Cordeiros, São Gonçalo) colocavam-no contrário tanto à escravidão quanto à monarquia.

Por isso, ao encerrar-se o mandato, em 1884, resolveu subir a serra e foi para Petrópolis, onde empunhou a bandeira pela emancipação dos escravos e participou da criação do primeiro clube republicano fluminense, de que foi secretário. Sua luta pela República valeu-lhe a nomeação para delegado de polícia da cidade serrana e, a seguir, presidente do primeiro Conselho de Intendência (com funções de prefeito), na qual ficou até agosto de 1890, quando se desentendeu com o governador Francisco Portela e foi exonerado, juntamente com todos os intendentes.

Os ventos políticos sopravam-lhe favoravelmente e pouco depois Portela era deposto. Assumiu o governador José Tomás da Porciúncula que, em 17 de dezembro de 1891, nomeou o novo Conselho de Intendência de Petrópolis, entregando sua presidência a Hermogênio Silva. A 31 de janeiro de 1892 era ele eleito constituinte estadual, com o que veio a ser um dos signatários da Constituição de nove de abril seguinte.

Mais votado para a primeira Câmara Municipal republicana de Petrópolis, no pleito de 16 de junho de 1892, tomou posse no dia 30 e em primeiro de julho foi escolhido presidente do Legislativo (com funções de prefeito), cargo que ocupou também em 1893, 1894, 1896, 1897, 1901, 1902, 1904, 1908, 1909 e 1910, ano em que, a 14 de abril, renunciou à vida pública. Nesse período, foi o responsável em especial pelo cumprimento do plano original do major Júlio Frederico Koeler para a construção de Petrópolis, respeitando-lhe as condições geográficas, ecológicas, culturais e humanas.

A atuação de Hermogênio Silva não esteve, entretanto, limitada à cidade serrana. Além de ter sido constituinte estadual em 1892 e permanecido no mandato como parlamentar estadual, foi eleito terceiro vice-presidente (vice-governador) estadual em 15 de julho de 1894 para o período 1895/1897, exerceu o cargo de secretário estadual de Obras Públicas e Indústrias, em 1898 e 1899, e, cumulativamente, o de Interior e Justiça, em dois meses deste último ano. Reeleito para a ALERJ, foi seu presidente de 1901 a 1903, ano em que renunciou ao mandato em protesto contra o retorno da capital do Estado de Petrópolis para Niterói. Eleito senador da República em 1909, Hermogênio não teve o mandato validado pela Comissão de Reconhecimento dos Poderes, que existia naquela época para validar ou não o resultado das urnas. Este foi um dos motivos para abandonar a vida pública no ano seguinte.

Se Hermogênio Silva foi ignorado por seus conterrâneos gonçalenses, o mesmo não se deu em outras cidades. Em Três Rios, no centro-sul fluminense, ele dá nome a um dos bairros e à estação ferroviária local. E Petrópolis honra sua memória com várias homenagens: é patrono do centro cívico da Escola Municipal São Cristóvão, da rua que liga o bairro Pic-Nic à Estrada União e Indústria, do Paço Hermogênio Silva, sede do Legislativo, e do plenário da Câmara Municipal, onde se encontra seu retrato, além de placa com seu nome e datas de administração, na escadaria interna.


Fontes: Arquivo da Câmara Municipal de Petrópolis.

            Sá Earp, Arthur Leonardo, monografia.

            Vasconcellos, Francisco, Petrópolis: Sua Administração na República Velha, 1978.

            Instituto Histórico de Petrópolis.

            O Paiz, 06-05-1915, Biblioteca Nacional.

            Jornal do Commercio, 06-05-1915, Biblioteca Nacional.

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Paulo Correia de Albuquerque não imaginava o que lhe aconteceria, ao aceitar o desafio que lhe fez o amigo Antonico do Caranguejo, naquele domingo, dois de novembro de 1860: montar o cavalo deste último, na tradicional corrida dominical de Cordeiros. Paulo disparou ao sinal, mas o cavalo viu o terreno onde costumava pastar, pulou a cerca e estancou, atirando o cavaleiro de cabeça em uma árvore de camará. De concussão cerebral, Paulo morreu ali mesmo.

Durante todo o século XIX, as corridas de cavalo eram praticamente a única distração esportiva – com o “plus” de uma aposta – que existia na cidade, pois o futebol e outras modalidades aqui só chegaram no século XX. Que o diga o comerciante da Venda da Cruz, que as promovia todos os domingos em frente a seu estabelecimento comercial, mas não se identificava, para evitar problemas. Era o princípio de 1885, porém bem antes, em 1857, os jornais já anunciavam corridas no Fonseca e no Maruí, com cavalos do Cabo, para onde os gonçalenses iam quando por aqui não havia nada similar programado.

Portanto, era natural que aqui também se quisesse algo oficial do gênero: afinal de contas, já existiam pelo menos cinco hipódromos no Rio e, na Província, os municípios de Petrópolis e Nova Friburgo tinham os seus. E não existiria na capital da Província? Absurdo.

Por isso, em 28 de fevereiro de 1885, reuniram-se 27 pessoas, por iniciativa do médico Paulo Cesar de Andrade (1848/1899) e do conde de Herzberg (Carlos de Herzberg nasceu em Hanôver, Prússia, atual Alemanha, em 11 de janeiro de 1822, era capitão reformado do exército prussiano e instrutor de cavalaria, veio para o Rio, foi um dos fundadores do Jóquei Clube Brasileiro e empresário funerário no Rio, era casado com Leopoldina Suckow e faleceu em 15 de setembro de 1899), para criar o hipódromo do lado de cá da Guanabara. A presidência dos trabalhos coube inicialmente ao dr. Paulo César, que a transmitiu ao comendador e empresário Domingos Moitinho quando este chegou ao evento. O fazendeiro em Neves, José de Moraes e Silva, ofereceu ampla área junto ao mar e, para avaliá-la, foi composta comissão integrada pelo Conde Herzberg, comendador Henrique Possolo, Francisco Luiz Tavares, Cesar Bourbon e o engenheiro Dionísio da Costa e Silva, ao mesmo tempo tendo sido adotados provisoriamente os estatutos e o código de corridas do jóquei da corte. Dias depois, a comissão estimou em 6:000$000 o valor do terreno, tendo sido assinada em 27 de abril a escritura de compra.

O hipódromo construiu um cais de atracação para receber as lanchas da Companhia Ferry vindas do Rio e de Niterói.

Antes, em 15 de março, foi realizada a reunião de eleição da diretoria (médico Paulo Cesar de Andrade, presidente; Henrique Possolo, vice-presidente; Leopoldo da Cunha Júnior e o médico Torquato de Gouveia, 1º e 2º secretários; e Bernardo Belisário de Lemos Silva, tesoureiro) e dos conselhos geral e fiscal. Aceitou-se a avaliação do terreno oferecido por Moraes e Silva e decidiu-se a denominação do hipódromo: Guanabara. Para construí-lo, foi aberta concorrência, de que participaram o construtor Inácio Tavares de Souza, de Botafogo, e a Sociedade Edificadora, de São Cristóvão, que propuseram 36:500$000 e 59:000$000, vencendo a primeira participante. O projeto, do engenheiro Dionísio da Costa e Silva e do arquiteto Heitor de Cordoville, previa raia de 1300 metros de extensão e arquibancadas com 138 metros para 1300 a 1400 pessoas, além das demais dependências. As obras tiveram início em 23 de maio, com previsão de conclusão a tempo de sua inauguração em sete de setembro, mas as chuvas causaram o retardamento por dois meses.

Porém, como levar os espectadores até lá? O próprio hipódromo construiu um cais de atracação para receber as lanchas da Companhia Ferry vindas do Rio e de Niterói; a Ferro Carril Urbano de Niterói, cujos bondes iam até o Barreto, solicitou, e obteve em 25 de maio, autorização para estender seus trilhos até Neves (cuja inauguração foi realizada em 18 de outubro); e o próprio José de Moraes e Silva abriu em suas terras uma rua, a que denominou Cônego Goulart (como é até hoje), para garantir o acesso daqueles que chegassem à estação da Estrada de Ferro Leopoldina, nas imediações.  

A festa de inauguração foi algo excepcional. Para atrair visitantes, até então só tínhamos a Festa do Divino Espírito Santo, na Igreja Matriz de São Gonçalo, e o hipódromo marcou época. No dia oito de novembro de 1885, era ele inaugurado com pompa e circunstância. A empresa Carris Urbanos de Niterói colocou mais bondes em circulação entre Niterói e Neves, a Companhia Ferry (que fazia a ligação marítima entre Rio e Niterói) criou linhas especiais da corte diretamente às Neves, aproveitando o cais que neste hoje bairro de São Gonçalo fora construído, e diligências, tílburis e charretes faziam a ligação do centro de Niterói e também do arraial de São Gonçalo com o novo prado.

Sem hipódromo, sequer ficamos a ver navios, pois a ponte de atracação ali construída também foi abandonada; e nem ficamos a ver cavalos.

Depois das providências de praxe, com a banda do corpo policial (atual PMERJ) tocando as músicas da época e com o desenlace da fita inaugural, passou-se ao que interessava: as corridas. O primeiro páreo (Nictheroy) foi vencido por Sova, chegando em segundo lugar o cavalo Tchan Tchin-Tsung: o segundo páreo (Conde de Herzberg) teve como vencedores Aymoré e  África; o terceiro (Oito de Novembro, data da inauguração), Bilter e Americana: o quarto (Animação) teve tantos animais (17) inscritos, que foi dividido em duas séries, vencendo a primeira as éguas Carolla e Bela Yayá e, a segunda, os cavalos Savana e Didi; o quinto (Experiência), Pastor e Sudamerikanyche; o sexto (Hyppodromo Guanabara), Pheynea e Garibaldi; e o sétimo e último páreo (Criadores), foi vencido por Garibaldi e Jaguary. As corridas variavam em extensão de 850, 1000, 1200 ou 1609 metros. O volume de apostas superou as expectativas: 52:680$000.

O leitor poderá estranhar que aqui não haja a citação dos jóqueis vencedores. Mas é preciso explicar: na época (e até boa parte do século XX), os importantes eram apenas os animais e não os seus condutores, notícia apenas quando se acidentavam. Que o diga o jóquei Francisco Luiz, que começou sua carreira no Hipódromo Guanabara, em Neves, deslocou-se para o Rio e em seguida para São Paulo, alcançando grandes vitórias e renome. Porém, na capital paulista, foi contaminado de tuberculose, voltou com a família para Neves e ali faleceu em janeiro de 1901, na mais completa pobreza.

Durante o restante do ano de 1885, as coisas foram bem, mas a partir de abril de 1886 começaram os problemas: em Niterói e todos os seus distritos (inclusive São Gonçalo) não havia gente com dinheiro (e interesse) em número suficiente para movimentar o prado e atrair o pessoal da corte não era fácil, posto que lá funcionavam quatro prados, dos quais só restou um, o Jóquei Clube Brasileiro, ainda hoje existente. O deslocamento dos cariocas até o outro lado da baía não valia a pena. As brigas internas eram tamanhas que o médico Paulo Cesar de Andrade (patrono da Rua Dr. Paulo César, em Icaraí, Niterói) resolveu se afastar e, em primeiro de maio seguinte, uma nova diretoria foi eleita, tendo Érico Peña à frente. Porém, o público reduzido continuava. Comissão composta de Fróes da Cruz, Francisco Luiz Tavares e Carlos de Azevedo foi ao presidente da província, em agosto de 1886, pedir mais uma viagem dos trens nos dias de corrida, mas não foi atendida. Até o cônego João Ferreira Goulart se envolveu e conseguiu uma vitória parcial: em janeiro de 1887, a província autorizou que a Carris Urbanos fizesse mais uma viagem de bonde aos domingos, até o prado. Mesmo assim, a situação não melhorou e as disputas internas cresceram, a ponto de Frederico do Couto ofender um dos pioneiros, José de Moraes e Silva (poeta, jornalista, fazendeiro, vereador, presidente da Câmara Municipal e, em decorrência, Chefe do Executivo) na assembleia de dezembro daquele ano. A partir de janeiro de 1888 aumentou-se o número de viagens de barcas. De novo, o resultado foi pífio na atração de frequentadores vindos da corte. Em setembro seguinte, assumiu nova diretoria presidida por Francisco Luiz Tavares, que instalou uma agência de inscrições de cavalos e para apostas no Rio e dividiu as pules (consideradas caras) em frações, a fim de atrair apostadores de menor renda. De novo, resultado nulo.

             Bem que, proclamada a República e transformada a Província em Estado, seu primeiro governador, Francisco Portela, ainda tentou dar uma ajuda, ao patrocinar o Grande Prêmio do Estado do Rio de Janeiro, que correu no dia nove de março de 1890 com prêmio valioso para o vencedor. O esforço, entretanto, foi em vão. Em outubro daquele ano, nova mudança de diretoria, agora de novo presidida pelo dr. Érico Peña, que levou três meses tentando reanimar o Hipódromo Guanabara.

Entretanto, as divergências acumulavam-se e o prado só dava prejuízo financeiro. Por isso, no princípio de 1891, decidiu-se pela dissolução da entidade e foi nomeada uma comissão liquidante. A área, de 59.310 metros quadrados, foi levada a leilão em oito de abril daquele ano pelo seu ex-diretor e leiloeiro Afonso Nunes, que também leiloou os móveis no dia 14 do mesmo mês. O vencedor do primeiro leilão foi o comendador João Monteiro de Queiroz (1830-1907), com proposta no valor de 55:000$, mas ele acabou por abrir mão de seu direito em favor da Companhia Hime, que nas proximidades já possuía a Companhia Siderotécnica (a primeira metalúrgica fluminense, criada em 1856), a Companhia Brazil Metalúrgica e a Companhia Industrial do Brasil. Com a área adquirida, as três empresas expandiram-se e fundiram-se no século seguinte para a criação da Companhia Brasileira de Usinas Metalúrgicas (CBUM), vendida muitos anos depois para o Grupo Gerdau, que encerrou as atividades daquela indústria pioneira na década de 1990, causando desemprego na região.

Sem hipódromo, sequer ficamos a ver navios, pois a ponte de atracação ali construída também foi abandonada; e nem ficamos a ver cavalos.

O fracasso, entretanto, não afetou dom Carlos Gianelli, cônsul do Uruguai no Rio de Janeiro e proprietário da Fazenda Guaxindiba, onde ele instalou raias de corrida de cavalos para animar os visitantes, na década de 1890, e depois criou a Tramway Rural Fluminense (TRF), com bondes puxados por locomotivas a vapor, de Neves a Alcântara, para o transporte urbano e também a fim de facilitar o acesso àquele prado privado, desativado na primeira década do século XX. O fracasso, já agora acumulado, também não desanimou o Clube Recreativo Flor de São Gonçalo nem o Hero Club de Alcântara, que fizeram seus próprios prados (o primeiro, no atual bairro de Mangueira; e, o segundo, no bairro do Coelho) e os inauguraram em agosto e em outubro de 1912, respectivamente. Igualmente, tiveram eles curta duração. Nem afetou o entusiasmo do empresário, de ascendência italiana, Francisco Docca, que instalou uma pista de corridas de animais (além de cavalos, cachorros) na localidade de Gambá, em 1925, reformou-a por exigência das autoridades e a reabriu em 1927, mas que também teve curta vida. Restou uma última tentativa, em 1957, quando foi lançado o Jóquei Clube do Estado do Rio de Janeiro, que sequer chegou a se tornar realidade temporária e, vendido em 1959 para incorporadores de loteamentos, transformou-se no que é hoje o bairro do Jóquei.

 

Fontes: A Pátria, 01-04-1857, p. 1; e 15-11-1885, p. 4

            Gazeta de Notícias, 27-04-1886, p. 1; e 08-04-1891, p. 3.

            Echo da Nação, 07-11-1860, p. 4.

            Correio Mercantil, 11-11-1860, p. 1.

            Monitor Provincial, 02-11-1860, p. 1.

            O Fluminense, 18-03, p. 2; 29-04, p. 1 e 2; 01-05, p. 4; 10-05, p. 2; 24-05, p. 2; 18-10, p. 2; 28-10-1885, p. 1; 06-11, p. 2; 08-11, p. 4; e 11-11-1885, p. 1; 01-09-1886, p. 2; 26-01, p. 3; 04-02-, p. 2, e 21-12-1887, p. 3; 15-01-1888, p. 1 e 4; 30-09-1888, p. 1; 31-03-1889, p. 1; 08-10-1890; 30-01-1901, p. 1; 26-08, p. 2, e 26-09-1912, p. 2; e 17-04-1927, p. 1.

            Jornal do Commercio, 03-11-1885, p. 8; e 09-11-1885, p. 2.

            Diário do Commercio, 26-02, p. 4, e 24-07-1890, p. 2 e 3; 10-04, p. 2, e 14-04-1891, p. 1.

            As Ruas Contam Seus Nomes, de Emmanuel de Macedo Soares, p. 216, 217, 255 e 256.

            Relatório da Diretoria de Obras Públicas, p. 42, anexo ao relatório provincial de 08-08-1885.

            Relatório do Diretor de Obras Públicas, Antunes Gurjão, de 15-06-1886, anexo à mensagem da presidência da província à Assemblea Legislativa Provincial, em 08-08-1886.

           Jóquei Clube Brasileiro 130 anos, Rio de Janeiro, de Ney O. R. de Carvalho, 1998.

           

 

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São Gonçalo deveria ter comemorado (mas não o fez) os duzentos anos da presença maçônica em seu território no ano de 2012. Foi em 1812, em dia e mês não esclarecidos, que aqui teria sido criada a primeira loja maçônica da antiga Província do Rio de Janeiro (na época, vinculada à Corte, subordinação da qual só se viu livre em 1835, com Niterói tornando-se sua capital).

Chamava-se Distintiva e para sua criação veio especialmente de Pernambuco o líder maçônico José Mariano de Albuquerque Cavalcanti (Santana de Acaraú, CE, 20-05-1772/Magé, RJ, 20-08-1844), que se tornou um dos dirigentes, juntamente com Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva (Santos, SP, 01-11-1773/Santos, SP, 05-12-1845), irmão do futuro Patriarca da Independência José Bonifácio (Santos, SP, 13-06-1763/Niterói, RJ, 06-04-1838), e o padre Belchior Pinheiro de Oliveira (Diamantina, MG,1775/Pitangui, MG,1856). Antônio Carlos já aqui estava, homiziado, porque era ouvidor em São Paulo, desceu a Santos, sua terra natal, foi acusado de matar o comerciante José Joaquim da Cunha, em 11 de agosto de 1812, e fugiu para terras gonçalenses, segundo escreveu o historiador Alberto de Souza.

A Distintiva tinha liturgia própria e seu propósito era nitidamente republicano. Empolgados com a pregação da emancipação nacional, os maçons começaram a arregimentar seguidores, mas o seu ardor cívico foi interrompido por uma traição. O secretário da Loja Maçônica, padre Belchior, foi surpreendido por uma pessoa de sua intimidade que, na Corte, denunciou a Distintiva ao desembargador Paulo Fernandes Vianna, então intendente geral de polícia.

Ao ser informado sobre a denúncia, padre Belchior jogou na Baía de Guanabara os papéis, livros, selos, timbres e alfaias da Loja, evitando que sobre seus membros recaíssem as perseguições comuns na época. Tudo o que dela se sabe hoje é resultado da tradição oral, passada de geração a geração pelos maçons. Assim, o emblema em seu selo era um índio vendado e agrilhoado (representando o Brasil) e um gênio (o da Liberdade) em ação de desvendá-lo e desagrilhoá-lo. E o descarte dos documentos teria sido junto à Ilha dos Ratos (atual Ilha Fiscal).

Apesar da forte repressão que se seguiu, os maçons continuaram a atuar em São Gonçalo. No dia 24 de junho de 1822, lá estavam eles reunidos no Porto do Méier, em Niterói, onde hoje se localiza o acesso à Ponte Costa e Silva, para empossar a primeira administração do Grande Oriente do Brasil, que havia sido eleita no mesmo local em 28 de maio anterior. O Grão Mestre era José Bonifácio (Santos, SP,1763/ Niterói, RJ,1838) e o Grão Mestre Adjunto, marechal Joaquim de Oliveira Álvares (Ilha da Madeira, Portugal,1776/Paris, França, 1835). O jornalista Joaquim Gonçalves Ledo (Rio de Janeiro, RJ, 1771/Cachoeiras de Macacu, RJ, 1847) foi o Primeiro Grande Vigilante e o padre mestre Januário da Cunha Barbosa (Rio de Janeiro, RJ,1780/Rio de Janeiro, RJ, 1846), o Grande Orador. Finalmente, o coronel Luiz Pereira da Nóbrega [de Souza] Coutinho (Angra dos Reis, RJ, 1778/Rio de Janeiro, RJ, 1826) era o promotor fiscal. Entre os presentes, Belarmino Ricardo de Siqueira [Quintanilha], futuro barão de São Gonçalo.

Deles, três tiveram íntima relação com São Gonçalo. Um foi Gonçalves Ledo, que participara ativamente da preparação da proclamação da Independência do Brasil, mas, acusado de participar de conspiração republicana, juntamente com José Clemente e Pereira da Nóbrega, teve a vida ameaçada e, em 30 de outubro de 1822, refugiou-se na fazenda de Belarmino Ricardo de Siqueira e daqui saiu, protegido pelo cônsul sueco Lourenço Westin, para exilar-se por um ano em Buenos Aires, Argentina.

Outro foi o próprio Belarmino Ricardo de Siqueira (Saquarema, RJ, 1791/Niterói, RJ, 1873), que viria a ser Barão de São Gonçalo, comandante superior da Guarda Nacional, provedor do Asilo Santa Leopoldina e segundo maior banqueiro do país, depois do Banco do Brasil. Proprietário da Fazenda Engenho Novo do Retiro, em Cordeiros, nela recebeu Dom Pedro II e a família imperial várias vezes.  

O terceiro foi Pereira da Nóbrega. Proprietário de uma fazenda em Neves (vendida por sua viúva em 1839), que fazia divisa com a propriedade de José da Silva Brandão (construtor da Ponte do Brandão, hoje chamada de Brandoas), comandou o batalhão aqui estacionado para garantir a expulsão das tropas portuguesas, logo após a proclamação da Independência do Brasil, e deixou descendência, da qual fazia parte sua neta, Maria José, casada em 1880 na Igreja Matriz de São Gonçalo com Antônio José de Castro Guimarães. Nóbrega foi o primeiro presidente da Câmara dos Deputados, ministro da Guerra de Dom Pedro I (primeiro brasileiro nato a ocupar o cargo) e foi deportado para a França, depois de posto a ferros na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, ao ser acusado de conspiração contra o trono, juntamente com Gonçalves Ledo, José Clemente Pereira (Portugal, 1787/Rio de Janeiro, RJ, 1854, primeiro prefeito niteroiense, com o cargo de Juiz de Fora) e o padre Belchior.  

A mais concreta manifestação da presença maçônica em São Gonçalo, no princípio do século XX, ainda hoje está presente no casarão de Pachecos, construído pelo farmacêutico-químico Augusto Cezário Diaz André na primeira década de 1900 e por ele transformado em hospital durante a epidemia de gripe espanhola em primeiro de novembro de 1918. Suas paredes ostentam os símbolos da Maçonaria, de que ele foi Grão-Mestre.

Porém, a organização oficial e duradoura daquela sociedade em São Gonçalo só veio a ocorrer em 1903, quando foi criada a Loja Evolução. Acusada de rebeldia, foi suspensa em 1907 e só voltou a funcionar em 1912, quando se transferiu para Niterói.

Com aquela transferência, mais uma vez São Gonçalo ficou sem uma representação maçônica local, o que levou um grupo de gonçalenses a se reunir na Rua Feliciano Sodré, 227, em 11 de outubro de 1925 , ocasião em que Antônio Antunes de Almeida, Abílio José de Mattos e Abel Cabral foram eleitos presidente, secretário e tesoureiro de uma comissão provisória, do que resultou a fundação da Loja Maçônica Cruzeiro Fluminense em 25 de novembro de 1925, que funcionou em sede provisória na chácara na Rua Feliciano Sodré, 12 (hoje sede da Instituição Cristã Amor ao Próximo), até a construção de seu templo na Rua Lourenço Abrantes, 100.

Sua primeira diretoria estava assim composta: Venerável, Antônio Antunes de Almeida; 1º e 2º vigilantes, coronel José Carlos da Costa Velho e Belarmino de Mattos; secretário, Abílio José de Mattos; tesoureiro, Alfredo Gomes Mourão; chanceler, Abel Cabral; mestre de cerimônias, Guinaldo Santos Pinheiro; 1º e 2º diáconos, Tiago da Silva Cardoso e Antônio de Almeida Júnior; hospitaleiro, Antônio Maia; cobrador, Portolino Adelantino Saltino; 1º e 2º expertos, Sebastião de Araújo Lessa e Alfredo da Costa Cordeiro; comissão central, Antônio Maia, Jonas Cordeiro e coronel José Carlos da Costa Velho; comissão de frente, Alfredo Cabral, Belarmino de Mattos e Tiago da Silva Cardoso; e comissão de beneficência, Guinaldo Santos Pinheiro, Alfredo Gomes Mourão e Antônio Maia.

A Cruzeiro Fluminense foi regularizada pelo Grande Oriente do Brasil em 17 de abril de 1926 e, em oito de junho de 1926, concedeu seu primeiro título de presidente honorário ao Sr. João Pereira Gomes.

Depois dela, vieram as Lojas Nova Estrela do Oriente (25/12/1950), Monte Ararat (criada em Niterói em 1897, “adormecida” em 1915 e restaurada em São Gonçalo em 04/08/1961), Fênix Gonçalense (17/07/1974), Evolução Gonçalense (04/04/1978), Virtude e Razão (27/03/1982) e Evolução de Alcântara (16/12/2005).

 

Fontes: Emmanuel de Macedo Soares, jornalista e pesquisador de história.

               Relatório da Diretoria Estadual de Obras Públicas, 05-02-1877, p. 16.

               Arquivo Histórico do Exército.

                 Mensagem Maçônica Comemorativa ao Centenário da Instalação da Villa Real da Praia Grande, divulgada em 11-08-1919.

               Duas atas iniciais da Loja Maçônica Cruzeiro Fluminense.

                Werhs, Carlos, “Niterói, Cidade Sorriso”, p. 293, Gráfica Vida Doméstica, Rio de Janeiro, RJ, 1984.

               Casadei, Talita de Oliveira, “A Imperial Cidade de Nictheroy”, p. 87, 88, 259 e 260, Serviços Gráficos Ímpar, 1998.

               Souza, Alberto de, “Os Andradas”, p. 465, 466 e 467, Tipografia Piratininga, São Paulo, SP, 1922.  

               O Fluminense, 16-08-1919, p. 1; 17-04-1926, p. 1; e 08-06-1926, p. 2, Biblioteca Nacional.

               Altino da Silva Diaz André, comerciante.   

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